Essa imagem aqui reproduzida é uma das primeiras imagens lançadas ao público pela agência espacial chinesa, e foi feita pela sonda lunar Chang’2 2 da China em Outubro de 2010, que mostra uma cratera na Baía dos Arco-Íris.
A sonda lunar Chang’e 2 é usada para testar tecnologias chaves e coletar dados para futuros pousos no solo lunar. O último lançamento que colocou essa sonda a caminho da Lua é considerada a segunda missão lunar da China. A China disse que irá mandar uma sonda que capaz de andar na Lua e também tem a ambição de colocar humanos na superfície lunar em um futuro próximo.
A Agência de Notícias Xinhua disse que a Chang’e-2 circulou a Lua a uma altura de apenas 15 quilômetros com o objetivo de fazer imagens de possíveis locais de pouso. A primeira sonda que a China enviou para a Lua foi lançada em 2007. A sonda permaneceu em órbita por 16 meses antes de ser chocada de forma intencional com a superfície lunar. Somente três países mandaram de forma independente homens ao espaço: China, Rússia e os Estados Unidos.
Em 2008, um astronauta chinês, o piloto Zhai Zhigang, realizou um passeio espacial, o primeiro na história da China. Ele ficou fora da cápsula Shenzhou-7 por 15 minutos, o exercício foi visto como fundamental para ambição da China em construir uma estação orbital em um futuro próximo.
Em 2007, pouco depois da Rússia clamar uma vasta porção do assoalho oceânico Ártico, acelerando dessa forma uma corrida internacional para buscar recursos naturais à partir do momento que o aquecimento global abriu o acesso a região polar, a China anunciou o plano de mapear cada centímetro da superfície da Lua e explotar uma grande quantidade de Hélio-3 que está enterrado nas rochas lunares como parte de um ambicioso programa de explotação espacial.
Ouyang Ziyuan, chefe da primeira fase de exploração lunar, deu uma entrevista para um veículo de comunicação chinesa descrevendo os planos de coletar imagens tridimensionais da Lua, para auxiliar numa possível mineração de Hélio-3, disse ele: “Existe em toda a Terra algo em torno de 15 toneladas de Hélio-3, enquanto que na Lua a quantidade total de Hélio-3 pode chegar a um ou a cinco milhões de toneladas”.
“O Hélio-3 é considerado para longo prazo, estável, saudável, limpo e barato e pode ser usado pelo ser humano para se obter energia nuclear através de experimentos de fusão nuclear controlados”, disse Ziyuan. “Se os seres humanos puderem finalmente usar essa energia para gerar eletricidade, então a China poderia precisar de 10 toneladas de Hélio-3 a cada ano e o mundo usaria algo em torno de 100 toneladas por ano”.
A energia de fusão do Hélio-3 – o clássico sistema de propulsão de Buck Rogers – pode ser fundamental para a exploração espacial no futuro e requer menos proteção radioativa além de ser mais leve para ser carregada. Os cientistas estimam que exista em torno de um milhão de toneladas de Hélio-3 na Lua, o suficiente para suprir o mundo com energia milhares de anos. O equivalente a um tanque de um ônibus espacial carregado, ou seja, 25 toneladas, poderia suprir um país como o Brasil com energia por um ano inteiro.
Reatores termonucleares capazes de processar o Hélio-3 precisariam ser construídos, juntamente com grandes sistemas de transporte para levar equipamentos até a Lua para processar uma grande quantidade de solo lunar e trazer de volta para a Terra os minerais.
Com o anúncio da China, uma nova corrida espacial focada na Lua parece estar prestes a acontecer. A China deu o primeiro passo para o espaço há apenas poucos anos atrás, e acredita estabelecer uma base na Lua em 2024. A Rússia, primeiro país a enviar uma sonda para a Lua, planeja construir uma base lunar em 2015. Uma nova sonda reutilizável, chamada Kliper está sendo construída para futuros vôos lunares que vão usar a Estação Espacial Internacional como um ponto de parada galáctico.
A caçada do Hélio-3 poderia começar em 2025. A extração do Hélio-3 lunar poderia ser apenas o ponto de partida para extrair esse elemento posteriormente nos planetas gigantes gasosos do nosso Sistema Solar como Saturno e Júpiter.
Um tratado das Nações Unidas diz que a Lua e seus minerais são de uso comum de toda a humanidade, então a busca e a utilização do Hélio-3 como fonte de energia precisaria de uma cooperação internacional. Uma vantagem em tudo isso é que a explotação dos recursos naturais da Lua são vistos como uma solução para toda a humanidade, ao invés de ser algo somente para um país.
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