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Possível Explicação Sobre os Canais Triesnecker na Lua

A imagem acima da Triesnecker-Hyginus mostra muitos dos canais recentemente observados no mosaico feito pela sonda LRO, mas o Sol baixo também revela ondulações da superfície, incluindo o vale a norte e leste da Triesnecker. Uma região diagonal maior de material relativamente suave, se comparado com as regiões na parte superior esquerda e inferior direita, cruzada pelos canais parece uma depressão preenchida com material suave. Seria toda essa região de 175 km de largura um grande vale da Sinus Medii até a Hyginus? Será que essa região sofreu subducção e foi preenchida por material suave? O que seria esse material? Nós sabemos que em alguns lugares no mínimo, existe um mar de lava sob a cobertura mais clara, que pode ser material ejetado do Imbrium. Pode-se propor que a Triesnecker é um vasto vale, como a Insularum, Medii, Vaporum e Frigoris, parte de uma depressão anelar que envolve grande parte da Bacia Imbrium. Essa região anelar poderia ser algo entre o anel do Apennine e um mais distante (talvez a borda das terras altas do sul), ou poderia estar denro de um anel interno da Bacia Procellarum. Se o vasto vale Triesnecker sofreu subducção um pouco depois de ser preenchido pela lava e por outro material solidificado então a extensão poderia ter aberto os canais que são paralelos às bordas do vale. Os canais estão na sua maioria no lado leste, então talvez, como as bacias assimétricas do Rift Vale do Leste da África, a subsidência foi maior do que um aldo do que do outro. A Path Tool da sonda LRO mostra que os canais seguem um mergulho para oeste. Será que isso é suficiente para explicar os Canais Triesnecker?

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/September+10%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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