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O Pôr-do-Sol Sobre a Cratera Clavius na Lua

Em 1858 Julius Schmidt tornou-se o diretor do Observatório de Atenas, e ele é muito bem conhecido pelo seu grande mapa da Lua que foi publicado em 1878 com 2 metros de diâmetro. Contudo, uma de suas imagens mais marcantes da Lua apareceu em seu livro menor, o Der Mond, publicado 22 anos antes em Leipzig, 1856. A ilustração acima é uma litografia, impressa em um papel creme colorido e montada como a capa para o livro. A imagem mostra na parte superior a cratera Clavius, a cratera Maginus à esquerda no centro e a cratera Tycho com seu pico central na parte inferior da imagem. Essa é considerada por muitos uma das melhores imagens da Lua publicada durante todo o século 19. O por que de ninguém mais adotar o belo estilo de Schmidt para mostrar e desenhar a paisagem lunar é um mistério. Schmidt também tem uma pequena contribuição no livro de Júlio Verne Ao Redor da Lua de 1869, onde ele foi citado como uma autoridade para a opinião de que se a Terra tivesses seus oceanos drenados apareceria para um observador do mesmo modo que a Lua aparece para nós, e que e falta de cor na Lua não é um argumento para a falta de vida na superfície lunar.

Fonte:

http://www.lpod.org/archive/archive/2004/03/LPOD-2004-03-08.htm

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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