Um ponto anômalo de poderosas partículas de energia ultra elevada flui em direção à Terra a partir do cabo da constelação da Grande Colher (Big Dipper). Essa coleção de raios cósmicos pode ajudar os cientistas a apontarem a origem dessas poderosas partículas, um mistério que dura um século.
“Isso nos coloca próximo de encontrar as fontes – mas nenhuma imagem direta ainda”, disse Gordon Thomson, da Universidade de Utah. Tomson é o principal co-pesquisador para o observatório de raios cósmicos Telescope Array, localizado no sul de Utah, que descobriu o ponto anômalo, e que é um dos 125 pesquisadores do projeto.
“Tudo o que vemos é uma bolha no céu, e dentro dessa bolha existem todos os tipos de coisas – vários tipos de objetos – que poderiam ser a fonte”, adicionou ele. “Agora nós sabemos onde procurar”.
Gordon trabalhou com uma equipe internacional de cientistas e registrou 72 raios cósmicos de energia ultra elevada com o Telescope Array num período de mais de cinco anos. Se as fontes de poderosos raios cósmicos se espalham através do céu, as ondas resultantes deveriam também estar assim distribuídas. Ao invés disso, 19 dos sinais detectados vieram de um círculo de 40 graus que representa somente seis por cento do céu. O ponto anômalo localiza-se na constelação de Ursa Major, o lar do asterismo da Grande Colher.
“Nós temos um quarto dos nossos eventos num círculo que representa 6% do céu”, disse o Charlie Jui, colaborador da pesquisa, da Universidade de Utah.
Jui descreveu a localização do ponto anômalo, como “uma mão de largura abaixo do cabo da Grande Colher”. A região aparece como uma região normal no céu, quando observada através de telescópios ópticos.
De acordo com os pesquisadores, a identificação de pontos anômalos é um acaso estatístico, com a chance de um ponto desse ser real de 1.4 em 10000.
Fonte:
http://news.discovery.com/space/astronomy/big-dipper-cosmic-ray-hotspot-mystery-solved-140708.htm