No ultimo sábado, dia 29 de Março de 2014, o Sol emitiu uma flare de Classe-X, que atingiu a Terra com uma poderosa radiação eletromagnética. Embora nós não pudéssemos sentir diretamente seus efeitos no solo, o impacto desse evento foi medido como um dramático blackout de rádio por alguns minutos, destacando o fato de que o Sol não terminou ainda o seu máximo de atividade.
A flare de Classe-X1.0 entrou em erupção às 14:48, hora de Brasília, no dia 29 de Março de 2014, e uma frota de telescópios solares capturou a explosão em toda a sua glória. Uma flare solar ocorre quando as linhas do campo magnético do Sol altamente estressada são forçadas juntas sobre regiões de intensa atividade magnética, conhecidas como “regiões ativas”. Essas regiões são frequentemente associadas com aglomerados de manchas solares – isso é por que os astrônomos continuam contando as manchas solares num esforço de registrar a atividade solar.
Embora nós estejamos bem protegidos dos efeitos da radiação de uma flare solar, raio-X ionizado e radiação ultravioleta extrema podem ter um impacto destruidor nas partes eletrônicas de satélites desprotegidas e podem até dar a astronautas desprotegidos uma dose aumentada de radiação. Nossa atmosfera é espessa o suficiente para proteger a nossa biologia das piores flares solares, mas não podemos dizer que ela não impacta a nossa vida.
A flare de Classe-X1, foi disparada acima da região ativa, ou AR 2017, atingindo nossa atmosfera com uma radiação ultravioleta, causando uma ionização global. A ionosfera é usada para as comunicações onde as ondas de rádio são rebatidas ao redor do globo. Esse extenso evento de ionização causou a propagação de ondas de rádio que flutuaram de forma aleatória eventualmente bloqueado a si mesmas. A explosão foi tão poderosa que as correntes elétricas impulsivas geradas na ionosfera causaram vastas ondas que percorreram o campo magnético do nosso planeta.
O engenheiro de rádio Stan Nelson localizado em Roswell, no nova México, estava monitorando o National Institute of Standards and Technology (NIST) WWW Radio Transmission (que transmite tempo e frequência da informação em todo mundo em 24/7) durante o flare e viu o sinal oscilar antes de ser bloqueado.
“O efeito Doppler do sinal WWV (a oscilação que ocorreu antes do blackout) foi próximo de 12 Hz, o maior que eu já vi”, disse Nelson.
A flare também gerou seu próprio sinal de rádio, à medida que a onda de choque da flare era expelida pela coroa do Sol (sua atmosfera), um intenso sinal de rádio foi gerado e foi gravado como uma poderosa onda curta estática de rádio.
O Sol está atualmente experimentando o máximo de sua atividade, cujo pico de atividade ocorre aproximadamente a cada 11 anos. O Ciclo Solar 24, tem sido abaixo da média, exibindo os níveis mais baixos de atividade magnética – mas como a flare do último sábado prova, o Sol é ainda capaz de gerar explosões impressionantes de serem observadas.
Fonte:
http://news.discovery.com/space/powerful-solar-flare-causes-radio-blackout-140331.htm