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21 de novembro de 2024

Planetas Destruídos – O Banquete de Anãs Brancas

Quatro anãs brancas distantes, ou seja, a parte remanescente de uma estrela morta, foram detectadas consumindo, o pode ser a crosta de planetas pulverizados.

Pesquisadores descobriram as anãs brancas estão consumindo um material que se parece com o material que constitui a crosta da Terra, e que poderia revelar se a formação do nosso planeta é algo comum na galáxia como um todo.

O espectro de luz emitido pelas anãs brancas é, de forma surpreendente, muito branco, ou branco como uma folha em branco de papel. Então, quando um corpo astronômico atinge a anã branca, o seu material deixa uma assinatura no espectro de luz que vem da estrela, e isso permite que os astrônomos possam determinar do que esse corpo é feito.

Os elementos químicos que são vistos poluindo o espectro das anãs brancas se ajustam com o que nós esperamos encontrar em asteroides, ou no núcleo e no manto de planetas.

Os pesquisadores detectaram quatro anãs brancas cujos espectros estão poluídos com um perfil químico que tem a mesma razão de lítio, sódio, potássio e cálcio da crosta da Terra.

O que pode ter acontecido é que um planeta pode ter sido destruído, onde pedaços da crosta atingiram a anã branca. Esse tipo de pesquisa dá a oportunidade para se aprender se a formação da crosta continental da Terra e as placas tectônicas podem ser algo comum na nossa galáxia.

Mas não é assim tão fácil, os dados apresentam uma grande incerteza e alguns pesquisadores estão duvidando que a poluição observada no espectro seja relacionada com uma crosta planetária, ou algum outro material, como vindo de asteroides. Esses dados precisam passar por uma análise mais complete para se poder diminuir as incertezas. Os pesquisadores que lideraram o estudo estão confiantes que viram na verdade um banquete de uma anã branca.

Fonte:

https://www.newscientist.com/article/2264669-white-dwarfs-seen-eating-the-remnants-of-destroyed-planets/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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