Um grupo internacional de cientistas, liderado pelo Dr. Nigel Blamey da Universidade Brock e da Universidade de Aberdeen no Reino Unido, encontraram metano em fragmentos de meteoritos marcianos, uma possível pista na busca pela vida em Marte.
O Dr. Blamey e seus colegas do Canadá e do Reino Unido, examinaram amostras de seis meteoritos de rochas vulcânicas que se originaram no Planeta Vermelho: os naquilitos, NWA 5790, o Nakhla, o Y 000749, e o MIL 03346, e os shergotitos Zagami e LA002.
As amostras continham gases na mesma proporção e com a mesma composição isotópica da atmosfera marciana.
Todas as amostras também continham metano (CH4), que foi medido através do espectrômetro de massa que examinou o gás liberado pela trituração da rocha.
“Os gases liberados foram dominados pelo CH4, CO2, H2, N2, com traços de O2 e Ar. Os maiores índices foram encontrados nas amostras Nakhla e LA 002 e os menores nas NWA 5790 e na MIL 03346”, escreveram o Dr. Blamey e seus co-autores num artigo publicado na revista Nature Communications.
“A razão de Ch4/Co2 varia de cerca de 3 (LA002, NWA 5790, MIL 03346) para 23 (Zagami). A razão de H2/Co2 varia de 0.5 para 7. Esses valores estão todos no mesmo intervalo daqueles encontrados em basaltos terrestres”.
Os pesquisadores também examinaram amostras de dois meteoritos não marcianos, que possuem menores quantidades de metano.
A descoberta aponta para a possibilidade de que o metano poderia ser usado como uma fonte de alimentação para formas de vida rudimentares na subsuperfície marciana. No nosso planeta, as bactérias fazem isso numa grande variedade de ambientes”.
“Um dos mais animadores desenvolvimentos na exploração de Marte tem sido a sugestão de que existia metano na atmosfera do planeta”, disse o co-autor do estudo, o Professor, John Parnell, da Universidade de Aberdeen.
“Recentes e futuras missões da NASA e da ESA respectivamente, estão procurando por isso, contudo, não está claro ainda de onde o metano vem, e se ele realmente existe”.
“Contudo, nossa pesquisa fornece um forte indicativo que as rochas em Marte contêm um grande reservatório de metano”.
O Dr. Sean McMahon da Universidade de Yale, e um dos co-autores do estudo adicionou, “outros pesquisadores poderão replicar essas descobertas usando ferramentas de medidas e técnicas alternativas”.
“Nossas descobertas provavelmente serão usadas por astrobiológos em modelos e em experimentos que serão feitos para entender se a vida poderia sobreviver abaixo da superfície de Marte, atualmente”.
Os cientistas agora planejam expandir suas pesquisas analisando outros meteoritos.
Fonte:
http://www.sci-news.com/space/science-methane-meteorites-mars-02919.html