A Bacia Rembrandt é a segunda maior bem preservada estrutura de impacto em Mercúrio, e é um dos melhores exemplos de um processo que tem moldado a superfície do planeta mais próximo do Sol. No entanto, o planeta tem fundamentalmente sido deformado por outro processo – contração global – que resultou na formação de escarpas em forma de lobos e cadeias de dobras através da superfície do planeta Mercúrio.
Nessa imagem, nós podemos observar um bom exemplo de onde esses processos se encontram. A paisagem mais proeminente na cena é escarpa com tendência norte-oeste, que tem sua margem leste iluminada pelo Sol. Escarpas como essa se formam quando uma porção da crosta de Mercúrio cavalga sobre outra, o resultado é uma contração crustal em resposta à diminuição do volume do planeta à medida que seu interior resfria. No entanto, se você olhar cuidadosamente, você pode espiar um alinhamento na textura da superfície aqui, numa tendência da parte inferior esquerda para a parte superior direita da imagem. Esse alinhamento se deve ao escorregamento radial da superfície ao redor da Rembrandt por detritos ejetados durante o impacto que formou a bacia.
Essa imagem foi adquirida como uma observação planejada de alta resolução. Observações planejadas são imagens feitas de pequenas áreas da superfície de Mercúrio com resoluções muito maiores que os tradicionais 200 metros por pixel usados no mapa base morfológico. Não é possível cobrir toda a superfície de Mercúrio com essa alta resolução, mas normalmente algumas áreas de alto interesse científico são imageadas nesse modo a cada semana.
Fonte:
http://messenger.jhuapl.edu/gallery/sciencePhotos/image.php?page=1&gallery_id=2&image_id=1326