Como entusiastas do espaço e estudantes do Sistema Solar, todos nós sabemos que uma tremenda energia é liberada por um impacto num hipervelocidade vaporizando por completo o bólido, fraturando a região atingida e enviando quilômetros cúbicos de material ejetado pulverizado e derretido sobre o horizonte. Quando as condições estão corretas, contudo, alguns impactos também produzem estranhos fenômenos. Material ejetado seco, pode as vezes se comportar como um fluido e viajar a grandes distâncias do local do impacto. A física exata desse comportamento fluido não é muito bem entendida mas algumas teorias existem. A mais popular delas emprega a ideia da energia das ondas acústicas mantendo as partículas em movimento – uma partícula rebate na outra na frequência exata mantendo tudo suspenso por muito mais tempo do que se poderia antecipar. Com a fricção reduzida por essa energia ressonante interna, o fluxo pode-se mover a grandes distâncias antes de finalmente perder o momento e tornar-se parte de um depósito de material ejetado distal.
Na Terra, esse tipo de fluxo de detritos é conhecido como “sturzstrom”, ou corrente de colapso e está quase sempre associado a avalanches. Evidências para um comportamento similar são observadas na Lua na vizinhança de crateras relativamente recentes. Os estranhos montes mostrados na imagem aqui foram causados pelo impacto que formou a cratera Necho, e são o resultado desses fluxos rebatendo e se sobrepondo um sobre os outros à medida que eles chegam ao final de sua energia se depositando próximo da cratera Necho R, alcançando assim o seu interior e a parede íngreme a sudoeste, recebendo assim o termo técnico de lobos de desaceleração.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/422-The-Lavish-Lobes-of-Necho-R.html