Ao olhar para o mapa de espessura crustal gerado a partir dos resultados obtidos pela missão GRAIL da parte do lado escuro da Lua (imagem abaixo), pode-se ficar impressionado pela forma como está bem definida a borda da grande bacia Aitken do Polo Sul para um curto segmento de seu anel sul que faz divisa com a Bacia Korolev. O limite é também visível na topografia dessa área (imagem superior), mas ao se desligar a camada de topografia da ferramenta QuickMap colorida, revela-se que a escarpa não é facilmente notada. Medidas com a ferramenta Path também do QuickMap revelam que a topografia sobe dois quilômetros se aproximando da borda do norte, e depois cai 7 km dentro da bacia. O anel interior montanhoso – lindamente mostrado em uma imagem Apollo não é possível observar – sobe por 7 km, sendo tão alta quanto a borda da bacia. Comparações feitas na mesma escala com o anel da Bacia Orientale são instrutivas. Dando um zoom na imagem da sonda LRO do anel norte da Orientale pode-se ver uma borda de montanhas afiadas – cortadas por falha que baixou o interior da bacia. Presumivelmente o anel da bacia Aitken do Polo Sul foi igualmente acentuado quando formado, mas foi severamente erodido. Nenhum dos anéis interiores de pico da Orientale é tão elevado como as partes mais altas do anel da bacia, mostrando que o segmento de anel interno da bacia Aitken do Polo Sul invulgarmente alto – é também mais perto da borda do anel principal da bacia do que os anéis interiores de Orientale. Embora tenha havido poucos estudos sobre as dimensões da bacia Aitken do Polo Sul, e com a possibilidade de que ela tenha sua origem num impacto oblíquo, existe a real necessidade de mapeá-la cuidadosamente.
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