Uma jornada ao centro de uma estrela gigante vermelha é algo bem determinado no reino da ficção científica. Já na vida real, a ciência da asterosismologia pode explorar as condições ali existentes. A técnica consiste em medir o tempo das pequenas variações no brilho da estrela registrado pela sonda caçadora de planetas Kepler. Variações regulares indicam oscilações estelares, análogas a ondas de som, que comprimem e expandem o gás gerando as mudanças de brilho. Como foi recentemente descoberto nas estrelas gigantes vermelhas, algumas das oscilações detectadas têm períodos que as fariam penetrar no núcleo estelar. Nesse ambiente extremo elas na verdade se tornam mais intensas e podem retornar até a superfície da estrela. Esses ecos do núcleo das estrelas gigantes vermelhas estão ilustrados nessa imagem obtida a partir de uma animação de uma simulação computacional desses fenômenos. De forma marcante, pode-se notar que os períodos medidos para as oscilações podem indicar como e onde a energia das estrelas gigantes vermelhas é produzida, pela fusão do hidrogênio e do hélio que ali acontecem.
Fonte:
http://apod.nasa.gov/apod/ap110408.html