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Observatório Espacial Indiano ASTROSAT Completa 5 Anos De Trabalho Em Órbita

Astrosat, o primeiro observatório indiano de múltiplos comprimentos de onda, completou 5 anos no espaço de um maravilhoso trabalho onde vem fazendo imagens de objetos como estrelas, galáxias, nebulosas, entre outros.

O Astrosat, foi lançado no dia 28 de setembro de 2015, pela Indian Space Research Organisation, a ISRO, e em 5 anos vem realizando um grande trabalho para a astronomia.

Ele já realizou 1166 observações, de 800 fontes espaciais únicas, observações essas que foram propostas tanto por cientistas indianos, como por cientistas de outros países.

O Astrosat explora estrelas, aglomerados de estrelas, mapeia as grandes e pequenas galáxias satélites da Via Láctea, as Nuvens de Magalhães, supernovas, núcleos ativos de galáxias além de fenômenos energéticos do universo como explosões de raios gama.

A sua resolução espacial superior tem permitido aos astrônomos pesquisar a formação de estrelas em galáxias, bem como identificar e resolver o núcleo de aglomerados de estrelas. Ele faz esse trabalho 3 vezes melhor do que a missão GALEX da NASA, que tinha esse mesmo objetivo.

As observações realizadas pelo Astrosat, levaram os astrônomos a descobrir uma galáxia localizada a cerca de 10 bilhões de anos-luz de distância da Terra, e que emite uma radiação ultravioleta extrema que pode ionizar o meio intergaláctico.

O Astrosat tem provado ser uma importante ferramenta astronômicas, já que é capaz de realizar observações simultâneas em diferentes comprimentos de onda, desde o ultravioleta distante, até os raios-X.

O instrumento do Astrosat, conhecido como Ultra-Violet Imaging Telescope, ou UVIT, é um telescópio de imageamento 3 em 1, que observa simultaneamente no visível, no ultravioleta próximo, e no ultravioleta distante. E ele é somente um dos cinco instrumentos, que o Astrosat carrega.

O UVIT pesa cerca de 230 quilogramas e é formado por 2 telescópios separados. Um deles trabalha no visível entre 320 e 550 nanômetros e no ultravioleta próximo entre 200 e 300 nanômetros, e o outro trabalha no ultravioleta distante entre 130 e 180 nanômetros.

O projeto desse telescópio foi liderado pelo Indian Institute of Astrophysics, o IIA, um instituto do DST em colaboração com a Inter University Centre for Astronomy and Astrophysics, o Tata Institute of Fundamental Research, e alguns centro da ISRO e da Canadian Space Agency.

O UVIT é uma maravilhosa peça de engenharia, e mostra o poder de se ter a integração de agências espaciais trabalhando para um mesmo propósito e agregando os seus conhecimentos distintos.

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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