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As FRBs, ou Fast Radio Bursts ocorrem em todo o céu e duram apenas milissegundos.
Os cientistas ainda não sabem o que causa uma FRB, mas sabem que deve ser algo muito energético.
Só para se ter uma ideia, a energia liberada numa FRB é equivalente a energia liberada pelo Sol em 80 anos.
A primeira FRB foi descoberta em 2007 e de lá para cá poucas foram descobertas.
34 FRBs, e isso, é um dos fatores que dificulta e muito o entendimento desse fenômeno extremo do nosso universo.
Para que você possa entender relativamente bem um fenômeno, é preciso ter uma amostragem muito boa, onde você possa testar de forma robusta os seus modelos e assim gerar todo um pensamento sobre ele.
Mas como uma FRB dura milissegundos, vocês já devem imaginar que é um fenômeno extremamente complicado de ser registrado.
Por isso o desenvolvimento de novos equipamentos é fundamental para isso, um desses equipamentos, se chama ASKAP, sigla para Australia Square Kilometre Array Pathfinder.
As antenas do ASKAP têm um campo de visão de 30 graus quadrados, o equivalente a 100 vezes mais largo que a Lua Cheia, e ao usar as antenas apontando para pontos diferentes do céu os astrônomos conseguem uma cobertura de 240 graus quadrados, o que é equivalente a 1000 vezes a área da Lua Cheia.
E assim, com essa nova ferramenta disponível os astrônomos descobriram 20 novas FRBs, praticamente dobrando o número de FRBs conhecidas até então.
Entre as FRBs recém-descobertas estão a mais brilhante e a mais próxima já detectada.
Além disso, os astrônomos conseguiram apontar que as FRBs acontecem fora da nossa galáxia, na verdade a bilhões de anos-luz de distância da Terra.
Os astrônomos ainda não conseguem apontar o local exato onde acontecem essas FRBs, esse na verdade é o próximo desafio para os astrônomos.
Agora voc6e pode estar perguntando, por que estudar essas FRBs, qual a importância disso?
A primeira coisa é que essas explosões ocorrendo distante do nosso planeta, podem ajudar os astrônomos a entenderem o que acontece no chamado universo primordial, o que é algo complicado de ser estudado, mas as FRBs poderiam trazer essa informação até nós, entendendo isso, poderíamos compreender melhor como o universo nasceu e como evoluiu até os dias de hoje, algo onde ainda se tem muitas incertezas.
Outra coisa, é que as FRBs, acontecendo longe da Terra, e sendo explosões muito energéticas, ao atravessar o universo, atravessar nuvens de poeira e gás, atravessar a matéria que constitui o nosso universo elas podem nos dar informaçõess valiosas sobre, por exemplo, a matéria escura, um dos maiores mistérios atualmente do nosso universo. Ouso a dizer que o segredo sobre o que é a matéria escura está guardado nas FRBs.
Por isso, quanto mais explosões forem detectadas melhor para podermos entender tudo isso que elas nos podem informar.
A próxima etapa para os astrônomos é a inauguração do monstruoso SKA – Square Kilometre Array, uma rede de radio telescópios espalhados pelo mundo, do qual o ASKAP faz parte.
O SKA poderá descobrir mais FRBs e muito provavelmente os astrônomos poderão com ele apontar o local exato no universo onde elas acontecem.
Guardem isso, muitos segredos do universo serão revelados quando entendermos as FRBs.
Fonte:
https://phys.org/news/2018-10-aussie-telescope-mysterious-fast-radio.html
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