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22 de dezembro de 2024

O VLT do ESO Observa As Galáxias Antenas


Uma nova imagem feita pelo Very Large Telescope (VLT) das Galáxias da Antena nos fornece o que pode ser a segunda melhor visão na luz visível desse impressionante par de galáxias em colisão com forma drasticamente distorcida. Esse maravilhoso objeto tem esse nome devido aos longos braços parecidos com antenas que se estendem para fora dos núcleos das duas galáxias, que são melhor observados na imagem abaixo que mostra um campo mais amplo do objeto.

Essa imagem do VLT se concentra nos núcleos das galáxias onde a verdadeira ação está acontecendo enquanto as duas galáxias estão se fundindo em uma única galáxia gigantesca. Estimuladas pelas ondas de choque criadas pela luta gravitacional entre elas, as duas galáxias tornaram-se pontilhadas com brilhantes estrelas jovens, quentes e azuis em regiões de formação de estrelas envolvidas pelo brilho do gás hidrogênio, mostrado nessa imagem em rosa. Os dois pontos amarelos pálidos são os núcleos das galáxias originais, que brilha com a luz emitida pelas estrelas antigas e que são atravessados por delicadas linhas de poeira.

As galáxias Antenas foram imortalizadas em 2006 por uma imagem famosa feita pelo Telescópio Espacial Hubble, mostrada abaixo.

Se voce quer saber mais informações sobre esse maravilhoso objeto, leia o post anterior que mostra o relesse lançado hoje pelo ESO com a primeira imagem adquirida pelo ALMA, o Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array. O ALMA construído pelo ESO e por um consórcio internacional de parceiros observa o universo na luz com comprimentos de ondas milimétricos e submilimétricos, comprimentos esses radicalmente diferentes dos comprimentos de onda da luz visível e do infravermelho. A visão do ALMA é a melhor imagem submilimétrica-milimétrica já feita das Galáxias Antenas, apesar de ser somente um aperitivo do que o ALMA pode proporcionar em termos de resolução e detalhes de imagens. A imagem do ALMA foi feita usando um dado de teste de comente doze antenas, e quando o observatório crescer, a nitidez, a eficiência, e a qualidade das observações aumentarão de forma drástica.

Fonte:

http://www.eso.org/public/images/potw1140a/


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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