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Atualmente em qualquer rodinha de astrônomos por aí, o instrumento mais falado e mais cultuado por todos é sem dúvida alguma o Telescópio Espacial James Webb.
O telescópio que demorou 25 anos para ser lançado desde a sua concepção, e vamos combinar que ele não decepcionou em nada, está entregando imagens espetaculares e promete fazer descobertas sensacionais ainda.
Mas não podemos esquecer que os maiores telescópios disponíveis para os astrônomos estão aqui na superfície da Terra, temos o Gran Canarias com seus 10.4 metros, o Keck com 10.2, o Subaru com 10, o VLT com 8 e isso é apenas o começo, pois até o final dessa década as coisas tendem a ficar ainda mais extremas.
Estão sendo planejados 4 grandes telescópios para serem inaugurados até o começo da década de 2030.
O ELT, Extremely Large Telescope do ESO, o TMT, Thirty Meter Telescope, o Vera Rubin e o GMT, o Telescópio Gigante de Magalhães.
Esse último é muito especial para nós brasileiros, pois a FAPESP está ajudando na sua construção e na semana passada, o projeto recebeu uma injeção de 205 milhões de dólares para acelerar a construção desse grande telescópio.
O telescópio está sendo construído no Observatório de Las Campanas no deserto do Atacama no Chile.
Ele será um telescópio monstruoso.
O seu espelho principal será formado por 7 segmentos circulares com 8.4 metros de diâmetro, com isso, é como se o telescópio tivesse um espelho primário de 25.4 metros de diâmetro, cada segmento do seu espelho primário pesa 18 toneladas.
Esse espelho terá uma área de coleta de luz equivalente a 368 metros quadrados, com isso ele será 4 vezes mais poderoso que o James Webb e 200 vezes mais poderoso que qualquer outro telescópio de pesquisa.
Ele fará imagens muito mais detalhadas e nítidas que o James Webb como é possível ver na comparação que estou apresentando aqui nesse vídeo.
Outra coisa que chama atenção na imagem é o padrão de difração, enquanto que no James Webb, o padrão são as estrelas de 8 pontas, no GMT, o padrão é circular e isso se deve a forma do espelho primário e também à estrutura do telescópio.
Tudo no GMT é gigantesco, o prédio que irá abrigar o telescópio terá 39 metros de altura e irá pesar 2100 toneladas, a cúpula, que não é bem uma cúpula é uma proteção terá 65 metros de comprimento e dará uma volta completa em 3 minutos.
Além do seu espelho primário especial, o GMT terá 7 espelhos secundários e contará com um sistema de óptica adaptativa que poderá mudar a forma da superfície de coleta de luz em 2 milímetros 2000 vezes por segundo, tudo isso para corrigir a luz devido à perturbação da atmosfera e assim gerar as imagens ainda mais nítidas.
O telescópio será uma verdadeira obra de arte da tecnologia e provavelmente irá ajudar a desvendar os mistérios do universo.
Esse aporte de 205 milhões de dólares será fundamental para adiantar as obras principalmente no que diz respeito ao edifício do telescópio.
O GMT deve ser inaugurado no final da década de 2020, alguns dizem 2027 outros dizem 2029, de qualquer modo em menos de 8 anos teremos esse telescópio funcionando em prol da astronomia.
E o Brasil terá um tempo de observação nesse telescópio pois como eu disse antes, a FAPESP está no grupo de órgãos que estão financiando a construção do GMT.
Isso será muito bom para a astronomia brasileira.
Fonte:
#GMT #JAMESWEBB #TELESCOPE