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22 de dezembro de 2024

O Que Será Essa Interessante Feição Lunar?

Ao se vasculhar as milhares de imagens obtidas pela missão LRO ao redor da Lua, pode-se encontrar determinadas surpresas. Essa feição incomum localizada um pouco a noroeste da Laplace, nas coordenadas 48.5 N e 22.7 W na parte norte do Mare Imbrium, é um exemplo. Aqui apresentado está somente uma pequena parte de toda a imagem disponível pela LRO. A área é uma região típica de mar lunar, exceto pela feição circular que tem aproximadamente 2000 metros de diâmetro e uma textura amarrotada. Quando se olha a primeira vez ela se assemelha às texturas vistas na maior parte dos taludes lunares, por exemplo nas Colinas Flamsteed próximo ao local de pouso da sonda Surveyor 1 e em muitas outras áreas próximas ao polo sul, regiões que possuem essa textura devido a movimentos de avalanches do solo. Mas essa feição não é uma colina. Mesmo sob um ângulo de iluminação muito baixo ela parece plana ou possivelmente pode até ser uma depressão. A densidade de crateras dentro da feição é menor do que a densidade de cratera na região ao redor. Objetos como o Ina (D-Caldera) são algumas vezes atribuídos como sendo responsáveis pela liberação de gases do solo. De fato podemos até tentar procurar por esse tio de feição, mas fica mais uma pergunta para a coleção de mistérios que ainda cercam a Lua, seria essa um tipo menos desenvolvido desse tipo de feição? Uma solução pode ser que essa seja uma feição muito antiga. Feição similar às crateras que são cobertas por uma fina camada de fluxo de lava. Mas a sua origem é inconsistente com essa aparente superposição dos mares sobre feições mais antigas, indicando assim a falta de crateras. No artigo abaixo é discutida a formação de crateras chamadas de Crateras Fantasmas na Lua. Talvez isso possa ser o início da explicação dobre essa observação.

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Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/January+14,+2011

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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