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O Poder Da Óptica Adaptativa do VLT do ESO no Chile

Com instrumentos avançados projetados para capturar a luz de mundos extrassolares e das estrelas e galáxias mais distantes do Universo, imagens cristalinas são completamente imprescindíveis. Para o conseguir isso, o Telescópio Principal nº 4, Yepun, do Very Large Telescope (VLT) do ESO, no Chile, possui uma instalação de óptica adaptativa equipada com quatro lasers de sódio voltados para o céu. Quando os feixes de laser atingem cerca de 90 quilômetros na atmosfera, excitam átomos de sódio que começam a brilhar, criando estrelas artificiais no céu.

Ao monitorar como é que estas estrelas artificiais cintilam, o espelho secundário deformável do telescópio altera a sua forma com uma velocidade de milisegundos, corrigindo a turbulência atmosférica. A Via Láctea já tem vários milhares de milhões de estrelas, então por que é que precisamos de mais e como é que isso nos ajuda a criar imagens mais nítidas? A óptica adaptativa requer que uma estrela de referência relativamente brilhante se encontre no céu perto do objeto que queremos observar, e isso nem sempre acontece, daí a necessidade de estrelas artificiais de laser.

Sabia que o sódio é o elemento que geralmente encontramos em lâmpadas de rua? São as duas riscas de ressonância do sódio que dão origem à intensa e reconhecível cor laranja que vemos nesta imagem do VLT.

Crédito:

Zdeněk Bardon/ESO

Fonte:

https://www.eso.org/public/brazil/images/potw2242a/

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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