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22 de dezembro de 2024

O Olho Vermelho de Um Aglomerado Globular

This Picture of the Week shows the colourful globular cluster NGC 2108. The cluster is nestled within the Large Magellanic Cloud, in the constellation of the Swordfish (Dorado). It was discovered in 1835 by the astronomer, mathematician, chemist and inventor John Herschel, son of the famous William Herschel. The most striking feature of this globular cluster is the gleaming ruby-red spot at the centre left of the image. What looks like the cluster’s watchful eye is actually a carbon star. Carbon stars are almost always cool red giants, with atmospheres containing more carbon than oxygen — the opposite to our Sun. Carbon monoxide forms in the outer layer of the star through a combination of these elements, until there is no more oxygen available. Carbon atoms are then free to form a variety of other carbon compounds, such as C2, CH, CN, C3 and SiC2, which scatter blue light within the star, allowing red light to pass through undisturbed. This image was captured by the NASA/ESA Hubble Space Telescope’s Advanced Camera for Surveys (ACS), using three different filters.

Essa imagem mostra o colorido aglomerado globular NGC 2108. O aglomerado está localizado dentro da Grande Nuvem de Magalhães, na constelação de Dorado. Ela foi descoberta em 1835, pelo astrônomo, matemático, químico e inventor, John Herschel, filho do famoso William Herschel.

A feição que mais chama a atenção nesse aglomerado globular é o ponto vermelho localizado na parte central esquerda da imagem. O que parece ser o olho do aglomerado, na verdade é uma estrela de carbono. Estrelas de carbono são quase sempre estrelas gigantes vermelhas frias com atmosferas contendo  mais carbono do oxigênio, o que é oposto ao Sol. O monóxido de carbono se forma nas camadas externas da estrela através de uma combinação desses elementos até que não haja mais oxigênio disponível. Os átomos de carbono estão então libres para formar uma grande variedade de outros compostos de carbono como o C2, o CH, o CN e o SiC2, que espalham a luz azul dentro da estrela, permitindo que a luz vermelha passe sem ser perturbada.

Essa imagem foi registrada com a Advanced Camera for Surveys, a ACS do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA usando 3 diferentes filtros.

Fonte:

http://spacetelescope.org/images/potw1832a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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