fbpx
27 de novembro de 2024
🚀Aprenda Astronomia no maior Curso de Astronomia do Brasil: https://academyspace.com.br/bigbang
PARA SE INSCREVER NO EVENTO COMEMORATIVO DOS 50 ANOS DO HOMEM NA LUA QUE ACONTECERÁ EM SÃO PAULO EM 21 DE JULHO DE 2019 ACESSE:

https://www.sympla.com.br/50-anos-do-homem-na-lua__541173

——————————————————————————-

SPACE TODAY STORE:

https://www.spacetodaystore.com

——————————————————————————-

Para fazer parte do seleto grupo dos apoiadores!!!

https://www.youtube.com/channel/UC_Fk7hHbl7vv_7K8tYqJd5A/join

——————————————————————————-

Quando as sondas Voyager e Galileo sobrevoaram o satélite Europa de Júpiter, os cientistas concluíram que o satélite era coberto por um oceano global de água líquida salgada coberto por uma crosta de gelo.

A sonda Galileo carregava um espectrômetro infravermelho, e através desse espectrômetro, os cientistas pensavam que tinham descoberto em Europa sais de sulfato de magnésio.

Porém, tudo mudou, quando os cientistas olharam para Europa com o telescópio do Observatório Keck que tem um espectrômetro de alta resolução.

E com esses novos resultados, o que foi apontado é que os cientistas não estavam vendo esse sulfato de magnésio em Europa.

Esses sais apresentavam uma absorção distinta no espectro e isso não existia nos dados do Keck.

Veio a suspeita então que esse sal poderia ser cloreto de sódio.

O problema é que o cloreto de sódio, nas condições de Europa só apresentaria feições visíveis no espectro da luz visível e não no infravermelho.

Você pode até se perguntar porque as sondas como a Galileo não levavam um espectrômetro na luz visível.

A resposta para isso é que na ciência planetária a ideia é que as feições mais importantes e os componentes mais importantes dos objetos planetários apareçam no espectro infravermelho.

Mas nesse caso seria no visível.

Quando a coisa aperta, os astrônomos apelam para ele, o Telescópio Espacial Hubble, ele tem um espectrômetro na luz visível e adquiriu dados de Europa por 20 anos aproximadamente.

Quando os cientistas pegaram os dados do Hubble, tudo resolvido, estava lá a absorção bem marcada em 450 nanômetros indicando a presença de cloreto de sódio na superfície de Europa, bem onde eles esperavam, numa região chamada de Tara Regio.

E o que isso indica?

Isso pode indicar que o oceano submerso de Europa tem cloreto de sódio, como o nosso oceano aqui na Terra, o que seria maravilhoso para o desenvolvimento da vida.

Mas isso não é possível de garantir.

Mas só essa descoberta já faz com que seja possível no mínimo fazer uma reavaliação geoquímica de Europa.

Indicando que Europa é um mundo muito mais geologicamente interessante do que se pensava até então, além de colocar uma pulga atrás da orelha sobre a vida no seu oceano submerso.

Que venha a Europa Clipper, que metam nela um espctrômetro na luz visível e que ela nos traga grandes descobertas.

#Europa #OceanoSalgado

Fontes:

https://phys.org/news/2019-06-table-salt-compound-europa.html

https://advances.sciencemag.org/content/advances/5/6/eaaw7123.full.pdf

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo