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Durante décadas, todo mundo sempre pensou que a Lua fosse um lugar totalmente árido.
Porém, desde a última década, essa visão mudou um pouco, pois, foram descobertos muitos bolsões de gelo em crateras que ficam permanentemente nas sombras e que ficam localizadas próximas dos polos lunares.
Além disso, recentemente, foram identificadas populações de moléculas que formam a água na superfície da Lua presa ao regolito.
Essa presença da água na Lua é de suma importância para o futuro da exploração do nosso satélite natural.
Agora, outro estudo realizado mais uma vez com a sonda LRO, mostrou que essa água se movimenta na Lua, dependendo da incidência solar, o que é outro resultado muito importante para que futuras missões possam ser planejadas de acordo com essa informação.
Essencialmente as moléculas de água ficam presas no regolito, até que a temperatura atinja um máximo ao meio dia lunar.
Com o calor, as moléculas se soltam e com isso acabam saltando para outro lugar próximo que seja frio o suficiente, até que a temperatura volte a subir e as moléculas possam novamente voltar à superfície.
O que foi observado agora nos dados da LRO já havia sido detectado em laboratório em estudos feitos com as amostras lunares trazidas para a Terra pela missão Apollo.
Medir a hidratação lunar, a partir da órbita não é fácil, devido à maneira complexa como a luz reflete na sua superfície.
Esses novos resultados mostraram algo interessante, que a quantidade de água interpretada é consistente com as medidas feitas em laboratório.
Além disso esse estudo faz com que possamos entender cada vez mais e melhor o ciclo de água na Lua.
O que é importante para no futuro sabermos como acessar essa água, podemos saber para onde a água migra e então irmos até ela.
Outro ponto importante de tudo isso, é que esse estudo representa anos de trabalho da sonda LRO adquirindo dados do nosso satélite e ajudando cada vez mais no entendimento dele.
É muito legal ver a nossa Lua cada vez sendo mais compreendida pelos pesquisadores, afinal é o objeto mais próximo de nós e sabemos relativamente pouco sobre ele.
#Lua
Fonte:
https://phys.org/news/2019-03-lro-lunar-movement.html
https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1029/2018GL081821
