Denominada assim em homenagem ao poeta italiano Gaius Valerius Catullus, essa cratera de impacto com 100 quilômetros de diâmetro, tem um assoalho com textura suave como é visto em vários locais de Mercúrio. A porção oeste do assoalho da cratera (à direita) encosta-se contra a parede de terraços no interior da cratera (meio), que por sua vez faz fronteira com um terreno mais velho ao redor (à esquerda). Os cientistas conhecem duas maneiras pelas quais os assoalhos das crateras podem ficar suaves: material derretido pelo impacto, ou vulcanismo. Como muitas vezes é difícil diferenciar os dois processos, a natureza do material suave dentro da cratera Catullus permanece desconhecida. Contudo, numa visão maior (imagem abaixo), uma depressão pode ser vista no centro da Catullus, depressão essa que pode ter natureza vulcânica, e assim sendo o material no assoalho da cratera poderia ter a mesma origem.
A imagem acima foi adquirida como uma observação planejada de alta resolução. Observações planejadas são imagens feitas de pequenas áreas da superfície de Mercúrio com resoluções muito maiores que os tradicionais 200 metros por pixel usados na geração do mapa base morfológico do planeta. Não é possível cobrir toda a superfície de Mercúrio com essa alta resolução, mas normalmente áreas que possuem um alto interesse científico são imageadas nesse modo a cada semana.
Fonte:
http://messenger.jhuapl.edu/gallery/sciencePhotos/image.php?page=1&gallery_id=2&image_id=1283