O que são essas estranhas e longas nuvens flutuando sobre o limbo da Terra? Elas são rastros na atmosfera superior do nosso planeta, deixados para trás pelo meteorito que passou sobre Chelyabinsk na Rússia, no dia 15 de Fevereiro de 2013.
O espetacular bólido que explodiu sobre uma área populosa da Rússia, chamou atenção do noticiário internacional, já que foi registrado por dezenas de câmeras na região. O evento chocou todos na manhã rotineira e chamou a atenção também para o fato de que meteoros regularmente impactam com a Terra. Devido à grande quantidade de fotos feitas no momento do evento, os cientistas foram capaz de estimar a trajetória, a velocidade, e o tamanho inicial do meteoro com uma boa confiança.
Escrevendo para a revista Geophysical Research Letters, o engenheiro aeroespacial e geofísico Simon R. Proud da Universidade de Copenhagen, propôs usar satélite geoestacionários para ajudar a monitorar os futuros impactos e outros pequenos objetos que possam entrar na atmosfera da Terra. O método poderia ser usado quando observações em solo ou outras evidências fossem muito esparsas. Proud procurou por imagens de rastros do meteoro de Chelyabinsk em imagens feitas pelos satélites do grupo Meteosat Second Generation (MSG), que fazem fotos da Terra a cada 15 minutos.
Conhecendo a velocidade do vento na atmosfera superior no momento do evento e usando a técnica de paralaxe visual, Proud foi capaz de calcular as características orbitais do meteoro. Os resultados estão muito bem ajustados com os outros métodos e sugerem que a técnica poderia ser usada novamente no futuro.
Fonte:
http://www.wired.com/wiredscience/2013/01/space-photo-of-the-day-2/?pid=8621