Nos anos de 1930, o astrônomo Edwin hubble e seus colegas de trabalho descobriu que o universo estava em expansão.
Isso foi algo surpreendente, pois até então pensava-se que o universo fosse estático e assim ficaria para sempre.
Eles desenvolveram uma equação que relacionava a matéria e a geometria do espaço-tempo. Coincidentemente Einstein já tinha desenvolvido essa equação anos antes.
Depois, na década de 1990, outra descoberta surpreendeu o mundo da astronomia, além de estar expandindo, essa expansão do universo é acelerada, para considerar a expansão acelerada, algo novo deveria existir no universo que estava repelindo a matéria.
De forma surpreendente novamente, Einstein já havia previsto isso, usando a chamada constante cosmológica nas suas equações, e que depois disso voltaram a fazer parte do modelo do universo.
Eu já trouxe em vários vídeos aqui, principalmente nos que conversamos sobre expansão do universo, sobre a idade do universo, sobre as discrepâncias nos dois cálculos de taxa de expansão, que o modelo que rege como o universo funciona é chamado de LCDM, L é de lambda, C é de cool, ou fria, e DM de matéria escura, ou seja, o modelo é o Modelo Lambda de Matéria Escura Fria.
Dessa maneira, você já deve imaginar que talvez a coisa mais importante para se determinar e que será crucial no entendimento da expansão do universo é a matéria escura.
E o problema todos sabem está no fato de não vermos a matéria escura, ou seja, o entendimento de como o universo funciona é baseado em algo que os astrônomos não conseguem ver. Isso é que dá nó em muitas cabeças.
Mas os astrônomos conseguem inferir a presença da matéria escura, para isso, eles olham o universo muito distante, procuram por aglomerados de galáxias, e quando esses aglomerados distorcem a imagem de galáxias mais distantes por meio do efeito de lente gravitacional, os astrônomos conseguem mapear e calcular a quantidade de matéria escura.
E essa matéria escura que está presente nos aglomerados, os astrônomos chamam de halos de matéria escura, desse modo, um bom mapa da distribuição dos halos de matéria escura no universo, significaria que teríamos um bom mapa da distribuição da própria matéria escura e com esse mapa seria possível entender melhor toda a história do universo.
E foi isso que aconteceu recentemente, um grupo de pesquisa internacional com astrônomos dos mais diversos países e instituições usaram um equipamento chamado de Hyper Suprime-Cam, que está montado no gigantesco telescópio de Subaru para estudar e mapear esses halos de matéria escura.
Com isso eles construíram o que hoje é considerado o melhor, maior e mais amplo mapa da distribuição da matéria escura no universo.
E vocês lembram que recentemente eu trouxe um vídeo aqui no canal onde o Hubble, com outras medidas ajudou a apimentar a discussão sobre a discrepâncias nas medidas da taxa de expansão do universo?
Então, dessa vez, sabe o que os astrônomos descobriram com esse novo mapa, descobriram que o número de halos de matéria escura que eles contaram no mapa, é menor do que o previsto pelo modelo LCDM, ou seja, deve existir algo diferente nesse universo, que é mais complexo do que a simples constante cosmológica para explicar a expansão acelerada do universo.
Os astrônomos estão tentando cercar esse problema por todos os lados, pois, vocês estão acompanhando que esse pode ser um dos grandes mistérios do universo, ou seja, nós não sabemos a quanto o universo realmente se expande, isso é realmente intrigante.
E o mais legal é que a busca por essa resposta, faz os astrônomos buscarem muitas alternativas, e no final tudo se desenvolve.
Fonte:
https://phys.org/news/2018-03-unprecedentedly-wide-sharp-dark.html
Artigo:
https://arxiv.org/pdf/1802.10290v1.pdf
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