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O Impressionante Aglomerado de Galáxias de Virgem

As Galáxias do Aglomerado de Virgem estão espalhadas por esse campo telescópico de quase 4 graus de largura. A uma distância de cerca de 50 milhões de anos-luz, o Aglomerado de Virgem é o aglomerado de galáxias grande mais próximo do nosso próprio grupo local de galáxias. Destacam-se aqui as brilhantes galáxias elípticas de Virgem, catalogadas como Messier, como a M87 no centro inferior e a M84 e M86 (de cima para baixo) perto do canto superior esquerdo. M84 e M86 são reconhecidas como parte da Cadeia de Markarian, uma impressionante linha de galáxias no lado esquerdo desta imagem. No meio da cadeia, encontramos um intrigante par de galáxias em interação, NGC 4438 e NGC 4435, conhecidas por alguns como Olhos de Markarian. É claro que a gigantesca galáxia elíptica M87 domina o aglomerado de Virgem. Ela abriga um buraco negro supermassivo, o primeiro buraco negro já fotografado pelo Telescópio de Horizonte de Eventos da Terra.

Nesse amplo campo de visão telescópica, somos presenteados com uma visão espetacular do Aglomerado de Virgem. Essa aglomeração de galáxias é um verdadeiro tesouro cósmico que fascina astrônomos e entusiastas do espaço.

Entre as diversas galáxias presentes nessa imagem, algumas se destacam por sua beleza e importância científica. A M87, localizada no centro inferior, é uma galáxia elíptica brilhante e imponente. Ela é conhecida por abrigar um buraco negro supermassivo em seu núcleo, que foi o primeiro buraco negro já capturado em imagem pelo Telescópio de Horizonte de Eventos da Terra. Essa conquista revolucionária abriu novas perspectivas para o estudo dos buracos negros e nos trouxe informações valiosas sobre a natureza desses objetos cósmicos intrigantes.

No canto superior esquerdo, encontramos as galáxias M84 e M86, que são reconhecidas como parte da Cadeia de Markarian. Essa cadeia é uma formação visualmente impressionante de galáxias que se alinham de maneira cativante. A observação dessa cadeia nos permite compreender melhor as interações e dinâmicas das galáxias dentro do aglomerado.

Em destaque, no meio da Cadeia de Markarian, estão as galáxias NGC 4438 e NGC 4435, também conhecidas como Olhos de Markarian. Essa intrigante dupla de galáxias em interação desperta o interesse dos astrônomos, pois as interações galácticas podem desencadear uma série de processos, como a formação de novas estrelas e a distorção das estruturas das galáxias envolvidas. O estudo dessas interações nos permite obter insights sobre a evolução e a dinâmica das galáxias ao longo do tempo cósmico.

Além das galáxias individuais, a imagem nos proporciona uma visão panorâmica do Aglomerado de Virgem como um todo. Essa concentração de galáxias é um lembrete impressionante da vastidão e da diversidade do universo. Através da observação de aglomerados como esse, os astrônomos podem investigar a distribuição de galáxias, estudar a formação e a evolução das estruturas cósmicas em larga escala e aprimorar nossa compreensão da cosmologia.

O Aglomerado de Virgem continua a ser objeto de estudo e exploração por astrônomos em todo o mundo. Suas galáxias e fenômenos intrigantes proporcionam inúmeras oportunidades para expandir nosso conhecimento do universo e desvendar os segredos cósmicos. Cada imagem e descoberta nos aproximam um pouco mais de compreendermos a imensidão e a complexidade do cosmos em que vivemos.

À medida que continuamos a explorar os confins do espaço, imagens como essa nos inspiram a buscar respostas para as perguntas fundamentais sobre nossa origem e nosso lugar no universo. O Aglomerado de Virgem nos convida a maravilhar-nos com a vastidão e a beleza do universo e a continuar a busca pelo conhecimento além dos limites do nosso próprio planeta.

Fonte:

https://apod.nasa.gov/apod/ap230526.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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