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22 de dezembro de 2024

O Hubble Espia Através de Uma Lente Gravitacional

O Telescópio Espacial Hubble das Agências NASA/ESA normalmente trabalha como um artista solo para registrar as imagens sensacionais do universo distante. Para essa imagem, contudo, o Hubble teve a ajuda para registrar um aglomerado de galáxias chamado LCDCS-0829, que é na verdade uma imensa massa de galáxias em aglomerado que funciona como uma gigantesca lente de aumento. Esse estranho efeito é chamado de lente gravitacional.

O objeto foi descoberto durante o projeto Las Campanas Distant Clusters Survey, o que explica o nome diferente do aglomerado. Essa pesquisa foi desenvolvida em Março de 1995, usando o telescópio de 1 metro do Observatório de Las Campanas no Chile. Mais de mil aglomerados de galáxias, a maior parte deles desconhecidos anteriormente, foram descobertos em uma pesquisa dedicada de uma longa, mas estreita seção do céu do hemisfério sul.

O fenômeno bizarro da lente gravitacional é uma consequência da teoria geral da relatividade de Albert Einstein, que diz que a grande massa de aglomerado de galáxias distorce a fábrica do universo, e a luz de galáxias distantes que viajam ao longo dessa distorção na fábrica. Em adição a isso, faz com que alguns objetos pareçam maiores e mais brilhantes, o fenômeno da lente gravitacional pode produzir múltiplas imagens de galáxias distantes e esticá-las em estranho arcos. Muitos desses arcos podem ser vistos nessa imagem.

Essa imagem profunda do aglomerado foi criada a partir de um total de 36 exposições feitas com o Wide Field Channel da Advanced Camera for Surveys do Hubble. As imagens registradas através do filtro azul (F475W) foram coloridas em azul, as imagens registradas através do filtro infravermelho próximo (F814W) foram coloridas em verde e as imagens registradas através do filtro infravermelho para comprimentos de onda maiores (F850LP) foram coloridas em vermelho. O tempo total de exposição foi de 5280 s por filtro e o campo de visão é de aproximadamente 2.8 arcos de minuto de comprimento.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/images/potw1116a/

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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