Os grabens na Lua aparecem com uma grande variedade de tamanhos. Algumas das maiores ranhuras nos mares se esticam por algumas dezenas de quilômetros e podem ter poucos quilômetros de largura. Essas ranhuras lineares são pensadas como sendo o resultado de esforços extensionais perto da borda dos mares e por isso formam grabens. Como os basaltos dos mares são densos, eles pesam abaixando a crosta no centro do depósito, puxando a rocha que está perto da margem para dentro. Apesar desses grandes grabens, a imagem de hoje no site LROC mostra um graben muito menor que se espalha por somente centenas de metros de comprimento e tem dezenas de metros de largura. Para complicar, esse graben não está no basalto de mar, e sim dentro de uma cratera.
A imagem acima, nos ajuda a decifrar a origem desse graben, como uma escarpa em forma de lobo próxima pode ser vista nessa escala. Escarpas em forma de lobo se formam em ambientes de esforço compressional enquanto que as camadas de rocha ou regolito se dobram e empurram todo o terreno para cima. O empurrão pode fazer com que a crosta próxima ou o regolito sejam soerguidos e torcidos. O graben e a escarpa têm somente centenas de metros de separação o que está de acordo com uma interpretação compressional. Assim, a relação entre os esforços compressionais e extensionais é refletida na distribuição das feições tectônicas dentro da cratera Numerov. O resultado final é o que nós observamos, ou seja, um pequeno graben situado muito perto de escarpas em forma de lobo na Lua.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/708-Numerovs-Graben.html