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25 de novembro de 2024

O Fim Da Formação de Estrelas nas Galáxias e Suas Consequências

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observatory_15010541Nós continuamos dizendo: o universo é mais complexo do que parece. O pensamento convencional nas pesquisas das galáxias, postula que as galáxias espirais possuem áreas de formação de estrelas, enquanto que as galáxias elípticas não possuem essas regiões devido a falta de gás. Embora esse pensamento tenha sido desmascarado, existe agora uma pesquisa emergente que mostra que existe uma vale verde de galáxias entre esses dois tipos dominantes.

Basicamente, a pesquisa (que inclui a participação dos cientistas cidadãos do projeto Galaxy Zoo), está mostrando que existem duas diferentes populações de galáxias verdes, entre as elípticas e as espirais. Além disso, a pesquisa também mostra o que está acontecendo com a formação de estrelas com base no gás existente na área.

“No artigo, nós damos uma olhada no evento mais crucial na vida de uma galáxia: o fim da formação de estrelas. Nós, frequentemente chamamos esse processo de têmpera, e muitos astrofísicos, possuem diferentes definições de têmpera. As galáxias representam os locais onde o gás cósmico condensa e, se esse gás se torna frio e denso o suficiente, ele se transforma em estrelas. As estrelas resultantes são o que nós realmente observamos como astrônomos ópticos tradicionais”, escreveu Kevin Schawinski, um estudante de doutorado na Universidade de Oxford, que é membro da equipe do Galaxy Zoo.

“Nem todas as estrelas brilham da mesma maneira: as estrelas muito mais massivas que o nosso Sol são muito brilhantes e brilham na luz azul já que elas são muito quentes. Elas também vivem pouco. As estrelas de menos massa têm uma vida mais tranquila e não brilham intensamente, já que elas não são quentes. Isso é porque as galáxias com formação de estrelas são azuis, e as galáxias em repouso (ou galáxias temperadas) são vermelhas, uma vez que o processo de formação de estrelas parou, e as estrelas mais azuis morrem primeiro e não são substituídas por outras, assim, elas deixam para trás somente as estrelas vermelhas de longa vida, para que possamos observar enquanto as galáxias tranquilamente se desenvolvem”.

Pode-se ler mais informações sobre isso nesse blog: http://blog.galaxyzoo.org/2014/02/21/the-green-valley-is-a-red-herring/. O estudo que foi aceito para publicação no Monthly Notices of the Royal Astronomical  Society, está disponível abaixo.


Fonte:

http://www.universetoday.com/109716/green-valley-of-galaxies-shows-off-gas-and-star-formation/

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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