Essa imagem aqui reproduzida mostra uma porção da calota polar permanente no pólo sul marciano, que é composta de dióxido de carbono congelado (gelo seco). Essa fatia de gelo seco possui alguns metros de espessura e é coberta de cavas quase que circulares.
O gelo é muito volátil em comparação com a água congelada, ele sublima (evapora diretamente do estado sólido para o estado gasoso) formando o gás dióxido de carbono quando está exposto a uma iluminação solar suficiente. O gelo nessa calota polar persiste de uma para outro, ainda que observações feitas por outras sondas têm mostrado que as paredes das cavas nesta imagem estão retraindo aproximadamente 3 metros por ano, comendo a fatia de gelo seco. Essas paredes estão retraindo de forma rápida pois elas são bem inclinadas e absorvem muito mais luz solar do que a superfície adjacente plana (que não mostra mudanças).
Essa imagem é típica das superfícies na calota polar do pólo sul de Marte. O terreno dessas cavas tem um cobertura fina de gelo de dióxido de carbono mas os platôs planos adjacentes entre as cavas possuem uma espessura de alguns metro. A superfície superior desses platôs são cobertas por uma rede de cadeias onde as câmeras das sondas anteriores não podiam observar que poderia estar acumulando gelo fresco a cada ano. Essa paisagem muda rapidamente, e por isso imagina-se que seja geologicamente nova, as camadas visíveis nas paredes das cavas provavelmente registram as variações climáticas sofridas por Marte nas últimas décadas.
Fonte:
http://spacefellowship.com/news/art23707/growing-pits-in-the-martian-south-polar-ice-cap.html