Quatro imagens obtidas com a câmera de navegação da sonda Rosetta, a NAVCAM, no dia 7 de Setembro de 2014, a uma distância de 51 km do cometa, foram usadas para criar a bela montagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Quem está seguindo as postagens sobre as imagens da Rosetta, aqui no blog, já se acustomou com essa nova maneira com a qual as imagens da NAVCAM estão sendo feitas. Na verdade, agora são obtidas quatro imagens, com um pequeno lapso de tempo entre elas, pois devido a distância, o cometa não cabe mais inteiro no campo de visão da câmera. Essas quatro imagens, posteriormente são combinadas, gerando a montagem, mostrada acima.
As quatro imagens estão disponíveis no final desse post, para que cada um possa gerar seu próprio mosaico. Um exemplo do mosaico processado, retirando a borda preta entre as imagens é mostrado abaixo.
Essa imagem final feita a uma distância de apenas 51 km do Churyumov-Gerasimenko, mostra além das características exaustivamente relatadas aqui, uma feição extraordinariamente detalhada, próximo a parte central da imagem, feição essa que lembra muito as rimas, rimae, ou canais encontrados na Lua. Só para comparação, abaixo está a imagem da Rima Conon, realizada pelo Vaz Tolentino, no VTOL. As feições são muito similares. A questão que fica é, como essa feição apareceu num cometa, um objeto muito mais dinâmico que a Lua, por exemplo, e está ali bem preservada? Questões como essa começarão a ser respondidas a partir do dia 11 de Novembro de 2014 quando o módulo Philae, pousará no cometa e iniciará uma fase de estudo detalhado desse intrigante objeto.
Fontes:
http://blogs.esa.int/rosetta/2014/09/08/cometwatch-7-september/