A base da cratera Tycho é coberta por blocos, pedaços de rochas e texturas de material derretido por impacto. Os depósitos de material derretido por impacto as vezes mostram redes de fraturas que são visíveis na resolução das imagens obtidas pela câmera WAC da LROC com 100 metros de escala. Na resolução da câmera NAC com ângulos de incidência muito altos (iluminado quase que ao longo do horizonte), a natureza extremamente complicada e caótica da superfície se apresenta de forma espetacular.
O derretimento de material por impacto possui uma história térmica extremamente complicada. Quando o objeto que se choca com a Lua tem uma energia cinética grande o suficiente, a temperatura inicial do material derretido pelo impacto pode ser muito mais alta que a temperatura do magma, que é gerado por meio de atividades vulcânicas. O material derretido é misturado com detritos ejetados pelo impacto, flui pelos taludes e se deposita, nesse processo o material perde calor e aumenta a sua viscosidade. Uma vez depositado no interior da cratera, o processo de solidificação começa a ocorrer no topo e na base e continua pouco a pouco no interior da massa. Qualquer tipo de deformação durante esse período, por exemplo, o rebote isostático do interior da cratera, uma contração térmica, ou o empurrão gerado por fluxos de material derretido pré-existente, irá perturbar o processo de solidificação da superfície do material derretido por impacto fazendo com que ali surjam padrões caóticos e em alguns casos sujam até mesmo pequenas erupções locais do material interno formando nesse caso uma nova camada sólida.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/404-Chaotic-crater-floor-in-Tycho.html