A imagem acima (que diga-se de passagem é uma das imagens mais belas que eu já vi da Lua) foi criada para a capa da edição de 28 de Maio de 2014 da revista Geophysical Research Letters. A imagem mostra um mapa da anomalia de gravidade de ar livre das latitudes sul da Lua e foi desenvolvido por S. Goossens et al., a partir de dados retornado pela missão Gravity Recovery and Interior Laboratory, ou GRAIL.
Se a Lua fosse uma esfera perfeitamente suave de densidade uniforme, o mapa de gravidade teria uma única cor, indicando que a força da gravidade numa dada elevação era a mesma em qualquer lugar. Mas como outros corpos rochosos do Sistema Solar, incluindo a Terra, a Lua tem tanto um interior como uma superfície irregular. A sonda na órbita ao redor da Lua experimentou ligeiras variações na gravidade causadas por ambas as irregularidades.
O mapa de anomalia de gravidade de ar livre mostra desvios da gravidade média que uma Lua média teria. Os desvios são medidos em milliGals, uma unidade de desaceleracção. No mapa, a cor roxa representa o valor mais baixo de anomalia de -400 mGals e a cor vermelha o valor mais alto de anomalia, perto dos +400 mGals. A cor amarela representa os valores intermediários.
O mapa mostrado aqui se estende do polo sul da Lua até a latitude de 50 graus sul, e revela a gravidade para essa região com detalhes muito maiores do que qualquer outro mapa gravitacional da Lua feito anteriormente. A imagem ilustra a boa correlação entre o mapa de gravidade e as feições topográficas como os picos e as crateras na Lua, bem como a concentração de massa localizada abaixo da grande bacia Schrödinger no centro do frame. O terreno na imagem é baseado nos dados do altímetro e da câmera da sonda LRO.
Fonte:
http://svs.gsfc.nasa.gov/cgi-bin/details.cgi?aid=4175