É raro que a neve seja observada no polo sul da Lua, e apesar de parecer essa imagem não mostra a neve. A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, que agora está circulando a Lua, carrega o instrumento chamado Diviner que registra imagens no infravermelho. O sinal detectado é do infravermelho distante, aparentemente de 50 a 100 mícron. Diz-se aparentemente pois a legenda dessa imagem diz que ela foi obtida com o filtro Band 8, mas no site oficial da sonda ele não recebe essa numeração. O comunicada dessa descoberta diz que foram encontradas partes no interior das crateras que estão permanentemente nas sombras e que são mais frias (-238? C) do que se pensava antes, mas essas imagens também fornecem detalhes topográficos que eram até então invisíveis. Essa imagem pode ser comparada com uma imagem feita pela sonda Clementine, apresentada abaixo, e assim pode-se ver quanto da superfície escondida não pode ser observada. Normalmente somente os anéis das crateras são iluminados pela luz do Sol, por exemplo, o brilhante arco de anel da Shoemaker, assim é possível agora caracterizar o interior e o exterior dessas crateras polares, especialmente usando a versão em alta resolução da imagem (clicanado na imagem acima é possível acessar essa versão mais detalhada). Aparentemente nessa imagem não existe nada que fuja do normal para os interiores de crateras da Lua, a não ser que houvesse gelo nelas, e a LCROSS já provou que existe esse gelo, mas esse gelo não cria geleiras ou feições topográficas importantes. Mas na imagem de alta resolução é possível ver algumas peculiaridades devido a vaporização do gelo por pequenos impactos.
Fonte:
http://lpod.wikispaces.com/April+6%2C+2011