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26 de novembro de 2024

NOVOS RESULTADOS SUPREENDENTES SOBRE A FORMAÇÃO DA LUA | SPACE TODAY TV EP2148

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A origem da nossa Lua, ainda é um tópico muito estudado pelos cientistas planetários.

Existem algumas hipóteses sobre como a Lua se formou, entre elas, podemos citar a fissão, a dupla formação planetária, a captura.

Mas a melhor hipótese até o momento para explicar a formação do nosso satélite é a chamada Hipótese do Grande Impacto, ou, Hipótese do Impacto Gigante.

Nessa hipótese, a Terra se chocou com um objeto do tamanho de Marte chamado de Theia, e depois de uma verdadeira mistureba de tudo, a Lua foi formada.

Essa hipótese de formação da Lua é muito boa, pois explica muita coisa sobre o que observamos atualmente.

Por exemplo, ela explica o fato da Lua ser travada gravitacional mente com a Terra.

Explica também diferenças encontradas na quantidade de elementos como o ferro e de elementos mais leves como o hidrogênio.

Durante o grande impacto, o ferro ficou retido na Terra, e os elementos mais leves foram vaporizados pelo calor gerado.

E modelos computacionais mostram que a Lua deve ser composta por 80% de material originado de Theia.

Porém, muitas questões em aberto ainda existem sobre a origem da Lua.

Uma delas é, se Theia realmente existiu, se chocou com a Terra, misturou tudo com o que seria o manto do nosso planeta, por que a Terra e a Lua seriam tão parecidas?

Uma explicação para isso, é que a Theia e a Terra tinham composição idêntica.

O que é algo pouco provável, pois cada objeto no Sistema Solar, tem a sua própria composição.

Outra explicação é que a mistura foi muito maior do que se pensava, deixando menos clara a assinatura de Theia na Lua.

Também é pouco provável, pois, o impacto teria que ter acontecido com um objeto muito maior.

Existe uma outra alternativa para explicar isso.

E se a Terra e a Lua não forem tão parecidas assim.

E é disso que um estudo publicado recentemente na Nature Geoscience trata.

Pesquisadores fizeram uma análise detalhada na ditribuição de isótopos de oxigênio O18 e O16 em amostras da Lua trazidas pelos astronautas da missão Apollo e em rochas da Terra.

E o estudo mostrou que existe uma diferença na composição dos isótopos de oxigênio.

Além disso, o estudo mostrou que a diferença aumenta quando são estudadas rochas do manto da Lua.

Esse estudo mostra claramente que Theia e a Terra não eram objetos idênticos e mostra também que a Terra e a Lua não são objetos idênticos.

O estudo também nos ensina um pouco mais sobre Theia.

Theia provavelmente foi um objeto que se formou mais longe do Sol, do que a Terra e por isso tinha mais isótopos mais leves de oxigênio.

Mas e aí, a Hipótese do Grande Impacto ainda está valendo?

Não só tá valendo como fica mais reforçada, pois de todas as hipóteses sobre a formação da Lua, só a Hipótese do Grande Impacto é que poderia explicar essas diferenças.

Voltar para a Lua e recolher amostras de outros locais é fundamental para que nós possamos entender melhor ainda como se deu a formação do nosso satélite e também para que possamos entender melhor sobre Theia, esse objeto misterioso que se chocou com a Terra, a cerca de 4.5 bilhões de anos atrás.

Fonte:

https://phys.org/news/2020-03-moon.html

#MOONFORMATION #THEIA #SPACETODAY

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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