A maior feição proposta na Lua é a Bacia Procellarum, uma bacia de impacto com 3000 km de largura que pode ter se formado nos primórdios da história lunar. Trinta e um anos atrás Ewen Whitaker propôs a existência de uma gigantesca feição devido à costa curva oeste do Oceanus Procellarum parecer similar a muitos outros contatos entre bacia e mares. Ele notou que as cadeias de mares na Procellarum definiam possíveis anéis internos da bacia, e que a costa norte do Mare Frigoris localizava-se na continuação do anel principal. Poucos cientistas lunares lançaram um olhar favorável sobre essa proposta, mas agora, cientistas japoneses detectaram uma evidência que suporta essa ideia. Usando dados de mapeamento espectral feito pela sonda Kaguya, uma baixa razão de cálcio plagioclásio (LCP que aparecem como diamantes amarelos no mapa acima) foram identificados dentro de jovens crateras ao redor das bordas da bacia Atiken do Polo Sul e na Bacia Imbrium. Os cientistas japoneses propuseram que os minerais com LCP foram criados pelo derretimento da mistura de rochas da crosta e do manto que foram escavados e derretidos pelos impactos que formaram a bacia Aitken do Polo Sul e a Imbrium. Posteriormente crateras que foram formadas dentro das rochas ricas em LCP foram responsáveis pela sua distribuição ao redor das margens da bacia. Como o mapa acima mostra as exposições de LCP também ocorrem ao redor da proposta Bacia Procellarum adicionando uma importante evidência ao fato dela existir. Os dois artigos são apresentados abaixo, primeiro o artigo histórico de 30 anos atrás e na sequência o artigo atual publicado na revista Nature Geoscience.
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