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21 de dezembro de 2024

Novo Foguete Do Programa Espacial Indiano É Testado Com Sucesso

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observatory_1501051A aspiração da Índia (coisa que o Brasil não tem), de lançar de forma completamente independente seu próprio satélite – e eventualmente astronautas – ao espaço ganhou uma injeção de ânimo, nessa última quinta-feira, dia 18 de Dezembro de 2014 com o voo de teste de um poderoso novo foguete e o protótipo de uma cápsula de pouso desenhada para o programa espacial humano do país.

O foguete com seus 142 pés de altura (e apelidado por mim de o Monstro Indiano) – desenhado com todos os novos foguetes e com um estágio principal que consiste de um foguete de combustível líquido – decolou de uma base espacial na costa leste da Índia, às 2:00 da manhã, hora de Brasília, dessa quinta-feira, dia 18 de Dezembro de 2014.

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Expelindo brilhantes labaredas douradas de seus dois foguetes sólidos, o foguete escalou os céus ensolarados sobre o Centro Espacial Satish Dhawan, um espaçoporto numa ilha localizado a cerca de 100 km ao norte da cidade de Chennai.

Os oficiais indianos chamam o foguete de Geostationary Launch Vehicle Mk. 3, e os engenheiros começaram a trabalhar no projeto de 400 milhões de dólares, a cerca de uma década atrás.

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O objetivo desse voo de teste, foi demonstrar a performance do foguete do primeiro estágio de combustível líquido, o L110 e dos dois foguetes de combustível sólido S200.

Os foguetes impulsionaram o veículo pesando cerca de 695 toneladas, desde a base de lançamento, e fez com que ele passasse a velocidade do som em menos de um minuto, e dentro da estratosfera, antes que os dois motores Vikas do primeiro estágio impulsionassem o GSLV Mk. 3 para um voo de cerca de 60 km sobre a Baía de Bengala.

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Os foguetes montados na lateral do veículo foram ejetados conforme o planejado, seguindo da separação do escudo do compartimento de carga do GSLV Mk. 3. O estágio principal L110 desligou seus motores Vikas após cinco minutos de voo.

O último estágio da missão começou momentos depois do corte dos motores do foguete, quando o primeiro estágio se separou do segundo estágio do GSLV Mk. 3, que voou num modo inativo e inerte nesse lançamento.

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Sem um empurrão de um terceiro estágio, o foguete não atingiu a velocidade necessária para entrar na órbita ao redor da Terra. O foguete supostamente atingiu uma velocidade de cerca de 5.3 quilômetros por segundo e uma altitude máxima de 126 quilômetros, de acordo com a Organização de Pesquisa Espacial Indiana.

“Esse foi um dia muito significante na história do programa espacial indianao”, disse K. Radhakrishnan, chefe do ISRO. “Para o avançado veículo de lançamento que pode carregar um satélite de comunicações de quatro toneladas e colocá-lo em órbita, a Índia começou o processo de desenvolvimento uma década atrás, e só agora, nós completamos o primeiro voo experimental do veículo GSLV Mk. 3”.

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Os foguetes sólidos e os motores do primeiro estágio trabalharam como esperado, disse Radhakrishnan no discurso depois da missão.

“Índia, você tem um novo veículo de lançamento”, disse S. Somanath, diretor de projeto do ISRO para o foguete GSLV Mk. 3. “As capacidades de carga dos nossos veículos atuais foram significantemente melhoradas através do desenvolvimento desse novo veículo de lançamento”.

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O passageiro do foguete no voo de teste foi um modelo em forma de cápsula, que o ISRO está testando e desenvolvendo para uma nave capaz de carregar astronautas para a Índia.

O voo demo da cápsula – denominada de Crew Module Atmospheric Reentry Experiment, ou CARE – teve o objetivo em checar o funcionamento do escudo de calor da nave feito de material especial e placas de carbono. Durante o teste esperava-se que o escudo de calor enfrentasse temperaturas de 2000 graus Fahrenheit durante a descida.

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Um dos gerentes descreveu o voo de quinta – com um objetivo duplo de teste para o GSLV Mk. 3 e para o módulo de tripulação – como, “um experimento num experimento”.

“Nós tivemos outro módulo experimental nessa missão”, disse Radhakrishnan. “Esse é o módulo de tripulação testado para entender as características de reentrada. Isso também trabalhou extremamente bem. O módulo de tripulação caiu como o esperado na Baía de Bengala”.

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O módulo supostamente se alinhou para reentrada com os foguetes de bordo, trazendo-o de volta para atmosfera numa altura de cerca de 50 milhas, então liberou os paraquedas em três estágios para reduzir a velocidade de queda.

As forças de resgate da Guarda Costeira Indiana navegaram até a zona de pouso, que estava localizada a cerca de 400 milhas de Porto Blair nas Ilhas Andaman.

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Um oficial do ISRO disse que o último dado recebido da cápsula indicou que ela havia liberado seu paraquedas principal com 100 pés de diâmetro. Um sinal de rádio na nave que pousou ficou transmitindo sua posição para os barcos de resgate.

Com cerca de 9 pés de altura com um diâmetro de cerca de 10 pés, a cápsula tem o mesmo tamanho e a mesma forma das sondas que os engenheiros planejam desenvolver para missões pilotadas. O peso da cápsula é de cerca de 3.7 toneladas métricas.

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Os engenheiros indianos da Hidustan Aeronautics Ltd. Fabricou o módulo do tamanho de um carro, e a ISRO adicionou os sensores, vários instrumentos, sistemas de controles e o escudo de calor para o voo suborbital.

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“Esse é um dos veículos de lançamento mais pesados já desenvolvidos, pesando 630 toneladas”, disse Somanath. “A parte tecnologicamente crítica no desenvolvimento desse veículo foi colocar junto dois grandes foguetes da classe S200, o que colocou requisitos muito rígidos no controle do diferencial entre os dois foguetes”.

Fonte:

http://spaceflightnow.com/2014/12/18/indias-new-rocket-program-achieves-big-success/

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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