Novas imagens coloridas feitas pela sonda New Horizons, do planeta anão Plutão, mostram duas faces bem distintas desse misterioso mundo, um com uma série de intrigantes pontos ao longo do equador, bem espaçados. Cada ponto tem cerca de 300 milhas de diâmetro, com uma área superficial que é aproximadamente do mesmo tamanho do estado norte-americano do Missouri.
Os cientistas já tinham visto algo parecido com pontos escuros, sua presença chamou a atenção e despertou o interesse do equipe científico da New Horizons, devido a impressionante consistência no seu espaçamento e no tamanho. Enquanto que a origem dos pontos é um mistério, a resposta pode ser revelada à medida que a sonda continua a se aproximar do misterioso planeta anão. “Esse é um quebra-cabeça real – nós não sabemos o que são esses pontos, e nós não podemos esperar para descobrir o que eles são”, disse o principal pesquisador da New Horizons, Alan Stern do Southwest Research Institute, em Boulder, no Colorado. “Também intrigante são as persistentes e dramáticas diferentes nas cores e na aparência de Plutão se comparado com Caronte que é mais escura e mais cinzenta”.
Membros da equipe da New Horizons combinaram imagens em preto e branco de Plutão e Caronte feitas com o Long-Range Reconnaissance Imager (LORRI) , com dados coloridos de menor resolução do instrumento Ralph para produzir essas imagens. Nós podemos ver o planeta e sua maior lua em cor, quase que verdadeira, ou seja, da maneira que eles apareceriam se nós tivéssemos de carona na New Horizons. Cerca de metade de Plutão foi imageado, de modo que as feições mostradas perto da parte inferior do planeta anão estão localizadas na verdade próximas da linha equatorial.
Se Plutão tem nuvens, a New Horizons poderá detectá-las. Tanto o LORRI como o Ralph serão usados para procurar por nuvens através de Plutão durante a sua aproximação e o seu afastamento. “Nós estamos procurando por nuvens em nossas imagens, usando um grande número de técnicas”, disse o pós-doutorando da equipe científica Kelsi Singer do Southwest Research Institute. “Se nós encontrarmos nuvens, suas presenças permitirão que possamos rastrear as velocidades e as direções dos ventos em Plutão”.
Por mais de duas décadas, os cientistas planetários têm corrido com uma sonda para Plutão contra o tempo e contra a previsão que a sua atmosfera pudesse desaparecer – literalmente congelando na superfície – antes que ela pudesse ser explorada. Essa semana, cientistas planetários usando telescópios em Terra, e o observatório aéreo SOFIA da NASA confirmaram que a atmosfera de Plutão está viva e boa, e ainda não se congelou na superfície.
“As observações feitas com o SOFIA também serão essenciais para linkar os estudos feitos em terra com os resultados obtidos com o encontro da New Horizons com Plutão”, disse Cathy Olkin, copesquisadora da missão New Horizons da NASA no Southwest Research Institute, em Boulder, no Colorado.
O instrumento chamado de Pluto Energetic Particle Spectrometer Science Investigation, ou PEPSSI, está enviando de volta para a Terra dados diários, amostrando o ambiente espacial perto de Plutão. O PEPSSI é desenhado para detectar íons (átomos que perderam ou que ganharam um ou mais elétrons), que tenham escapados da atmosfera de Plutão. À medida que eles partem, esses átomos tornam-se capturados pelo vento solar, o fluxo de partículas subatômicas que emana do Sol. O trabalho do PEPSSI é dizer aos cientistas sobre a composição da atmosfera de Plutão e quão rapidamente a atmosfera está escapando para o espaço.
A sonda New Horizons está agora a menos de 15 milhões de quilômetros do sistema de Plutão. A sonda está saudável e com todos os seus sistemas operando normalmente.
O Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory, em Laurel, Maryland, desenhou, construiu e opera a sonda New Horizons, e gerencia a missão para o Science Mission Directorate da NASA. O Southwest Research Institute, baseado em San Antonio, lidera a equipe científica, as operações de carga e o planejamento científico do encontro entre a sonda e Plutão. A New Horizons é parte do New Frontiers Program gerenciado pelo Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, no Alabama.
Para ver imagens da New Horizons e aprender mais sobre a missão, visite:
http://www.nasa.gov/newhorizons e
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