Colisões entre duas galáxias podem explicar por que buracos negros supermassivos se formam e se desenvolvem nelas, de acordo com uma nova pesquisa feita por uma equipe internacional liderada pelo Dr. John Silverman da Universidade de Kashiwa no Japão. Esses buracos negros supermassivos são normalmente encontrados nas galáxias mais massivas e o seu tamanho é proporcional ao bulbo no centro da galáxias, que é a massa das estrelas no meio.
A equipe usou pesquisas de raios-X feitas com o Observatório de Raios-X Chandra da NASA para identificar galáxias com um buraco negro supermassivo em crescimento – os imensos objetos frequentemente emitem raios-X nos seus estágios de crescimento, e os raios-X atirados diretamente através das regiões de formação de estrelas fornecem uma imagem clara do número de buracos negros.
O trabalho feito pela equipe foi publicado no Astrophysical Journal e diz que as galáxias que se apresentam em pares próximos – identificadas a partir de medidas feitas pela pesquisa de desvio para o vermelho do Very Large Telescope do ESO – possuem uma probabilidade duas vezes maior de possuírem buracos negros supermassivos.
As interações entre as galáxias são raras e a equipe estimou que somente 20% da massa do buraco negro foi gerada no processo de colisão. Desse modo alguma fator desconhecido está causando o crescimento de buracos negros, talvez o estágio final da colisão entre duas galáxias, especulam os pesquisadores.
A imagem abaixo mostra a evolução com o tempo do disco de gás nuclear a partir da formação até o seu colapso central.
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