Um asteróide recentemente descoberto pelo Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE) da NASA pode ser uma bola um pouco estranha. A maior parte dos asteróides próximos à Terra, NEAs, possuem uma órbita ecêntrica em forma de ovo que faz com que eles passem através do sistema solar interno. O novo objeto designado 2010 SO16, é difernete. Ele tem uma órbira quase que circular o que faz com que ele não possa passar perto de nenhum planeta no sistema solar exceto a Terra.
Contudo, mesmo sendo um asteróide que fica passeando ao redor da Terra, ele nunca chega muito perto.
“Ele se mantém longe da Terra”, disse Apostolos “Tolis”Christou, junto com David Asher do Armagh Observatory na Irlanda do Norte, que analisaram a órbita do corpo depois dele ter sido descoberto através das imagens em infravermelho feitas pelo WISE. “Então podemos concluir que ele está nessa órbita por aproximadamente algumas centenas de milhares de anos, e nunca chegou perto do nosso planeta, sempre mantendo uma distância de aproximadamente 50 vezes a distância da Terra a Lua.
O asteróide é um dos poucos que traça uma órbita na forma de ferradura com relação à Terra. À medida que os asteróides se aproximam da Terra, a gravidade do planeta faz com que o objeto se desvie de volta para a órbita maior levando mais tempo para dar a volta ao redor da Terra e do Sol. De forma alternativa à medida que a Terra se captura o asteróide a gravidade do planeta atua fazendo com que ele caia em uma órbita mais próxima, levando menos tempo para cumprir a órbita. Dessa forma o asteróide nunca passa completamente pelo nosso planeta. Esse efeito faz com que a órbita se pareça com uma ferradura de modo que o 2010 SO16 leva 175 anos para ir de um lado ao outro da ferradura.
“A origem desse objeto pode ser muito interessante”, disse Amy Mainzer do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena na Califórnia e principal pesquisadora do projeto NEOWISE que usa o WISE para caçar cometas e asteróides. “Nós estamos muito animados pela comunidade astronômica já estar se desfrutando de tesouros achados com os dados do NEOWISE que tem sido lançados”.
O NEOWISE terminou uma vasculhada completa do Sistema Solar no começo de Fevereiro de 2011. Os dados sobre as órbitas de asteróides e cometas detectados pelo projeto incluem os chamados objetos próximos da Terra (NEO) e são catalogados pelo Minor Planet Center da União Astronômica Internacional localizada no Smithsonian Observatory em Cambridge, uma instituição financiada pela NASA.
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