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NGC 6357 – Um Aglomerado de Aglomerados Estelares

Quando você tem uma radiação de estrelas jovens e quentes que arrancam os elétrons dos átomos de hidrogênio neutros no gás ao redor para formar nuvens de hidrogênio ionizado, nós temos o que os astrônomos chamam de uma Região H-II.

O que acontece no interior dessas regiões fica escondido da luz visível, por exemplo, e assim entender por completo essa região só é possível quando se integra uma grande quantidade de instrumentos que observam o universo em diferentes comprimentos de onda.

Um tipo de radiação que ajuda muito a entender, pelo menos a formação das estrelas massivas dentro das regiões H-II é o raio-X, pois ele é capaz de penetrar toda a proteção de poeira e gás que envolve essas estrelas.

Assim, os astrônomos usaram o Chandra, para ver o raio-X e outros observatórios para compor uma imagem completa da NGC 6357.

Essa região é chamada de aglomerado dos aglomerados, pois possui no mínimo três aglomerados de estrelas jovens incluindo muitas estrelas quentes e massivas.

Essa região está localizada a 5500 anos-luz de distância da Terra dentro da Via Láctea.

Quando usaram o Chandra para observar essa região os astrônomos conseguiram individualizar centenas de pontos, que na verdade são jovens estrelas emanando uma intensa radiação.

Radiação essa que gerou cavidades, bolhas e outras estruturas nas nuvens de gás e poeira.

Além do Chandra, os astrônomos usaram o Spitzer para observar no infravermelho e um telescópio no Reino Unido para observar no visível e assim compor a imagem completa da NGC 6357.

Com essas observações os astrônomos conseguem identificar os processos que acontecem no interior dessas regiões e traçar a linha de vida das estrelas massivas.

Fonte:

Artigo:

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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