A galáxia espiral NGC 4651 está localizada a 62 milhões de anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação do hemisfério norte de Coma Berenices. Com o tamanho aproximado da nossa Via Láctea, essa ilha do universo parece ter uma estrutura apagada na forma de guarda-chuva que se estende para a esquerda da imagem por cerca de 100 mil anos-luz, além do disco galáctico brilhante. O gigantesco guarda-chuva cósmico é agora conhecido como sendo composto de fluxos gravitacionais de estrelas – extensas caudas de estrelas gravitacionalmente arrancadas de uma galáxia satélite menor. A pequena galáxia foi eventualmente destroçada graças a repetidos encontros enquanto a galáxia se aproximava e se afastava devido à sua órbita excêntrica através da NGC 4651. De fato, o quadro de detalhe visto na imagem acima, é um zoom que mostra a parte remanescente do núcleo dessa galáxia menor, identificado através de uma extensa exploração do sistema usando dados dos gigantescos telescópios Subaru e Keck em Mauna Kea no Havaí. O trabalho começou por meio de uma impressionante colaboração entre astrônomos amadores e profissionais com o objetivo de imagear estruturas apagadas ao redor de galáxias brilhantes, sugerindo que mesmo em galáxias próximas fluxos gravitacionais de estrelas são marcadores comuns dessas fusões galácticas. O resultado é explicado por modelos de formação de galáxias que também podem ser aplicados à própria Via Láctea.
Fonte:
http://apod.nasa.gov/apod/ap140702.html