A sonda New Horizons da NASA passou por Plutão e está bem.
Após uma década de viagem pelo Sistema Solar, a sonda New Horizons fez sua maior aproximação de Plutão, nessa terça-feira, dia 14 de Julho de 2015, passando a 12500 km acima da sua superfície – mais ou menos a mesma distância entre Nova York e Mumbai na Índia – tornando-se a primeira sonda a explorar um mundo tão distante assim da Terra.
“Eu estou orgulhoso dessa última realização da NASA, outra vez mostrando como os EUA lideram o mundo no espaço”, disse John Holdren, assistente do Presidente para Ciência e Tecnologia e diretor da White House Office of Science and Technology Policy. “A New Horizons é a última de uma longa série de realizações científicas da NASA, incluindo múltiplas missões que orbitaram e pousaram em Marte, a impressionante missão Kepler que explora os exoplanetas, e o satélite DSCOVR que em breve irá enviar imagens de toda a Terra em tempo real de um ponto de vista de milhões de quilômetros de distância. À medida que a New Horizons completar seu sobrevoo por Plutão e continuar investigando as profundezas do Cinturão de Kuiper, a viagem de descoberta da NASA, continua”.
“A exploração de Plutão e de suas luas pela New Horizons, representa um evento marcante para os 50 anos de exploração planetária feita pela NASA e pelos EUA”, disse Charles Bolden, o administrador da NASA. “Mais uma vez realizamos um feito histórico. O EUA é a primeira nação a alcançar Plutão, e com essa missão completou a pesquisa inicial do nosso Sistema Solar, uma realização marcante que nenhuma outra nação cumpriu”.
Seguindo o plano a sonda passou por um momento em que ela ficou somente obtendo dados sem se contatar com os controladores no Johns Hopkins Applied Physics Laboratory, o APL em Laurel, Maryland. No final do dia a sonda ligou para casa, transmitindo uma série de atualizações de estado, indicando que a sonda sobreviveu ao sobrevoo e está saudável.
A história de Plutão começou somente a uma geração atrás, quando o jovem Clyde Tombaugh assumiu a tarefa de encontrar o Planeta X, teorizado como sendo um planeta que existia além da órbita de Netuno. Ele descobriu um apagado ponto de luz que nós agora observamos como sendo um mundo fascinante e complexo.
“Plutão foi descoberto a somente 85 anos atrás, pelo filho de um fazendeiro de Kansas, inspirado por um visionário de Boston, usando um telescópio em Flagstaff, no Arizno”, disse John Grunsfeld, administrador associado para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. “Hoje, a ciência deu um grande salto observando o sistema de Plutão de perto e continuando seu voo para uma nova fronteira que nos ajudará a entender melhor as origens do Sistema Solar”.
O sobrevoo da New Horizons pelo planeta anão e suas cinco luas conhecidas está fornecendo uma introdução para o Cinturão de Kuiper do Sistema Solar, uma região externa, populada por objetos congelados com Plutão, e que preservam evidências sobre o início da formação do Sistema Solar.
O principal pesquisador da New Horizons, Alan Stern do Southwest Research Institute, o SwRI em Boulder, no Colorado, disse que a missão está agora escrevendo o livro sobre Plutão.
“A equipe da New Horizons está orgulhosa por ter realizado a primeira exploração do sistema de Plutão”, disse Stern. “Essa missão tem inspirado as pessoas ao redor do mundo com a animação da exploração que a humanidade está realizando”.
A jornada de quase 10 anos e 5 bilhões de quilômetros para a aproximação com Plutão levou somente um minuto menos do que foi previsto quando a sonda foi lançada em Janeiro de 2006. A sonda colocou a linha numa agulha através de uma janela de 60 por 90 quilômetros no espaço – o equivalente a um avião comercial pousar num alvo com um erro de uma bola de tênis.
Pelo fato da New Horizons ser a sonda mais rápida já lançada – passando por Plutão a quase 50000 km/h, uma colisão com uma partícula do tamanho de um grão de arroz poderia incapacitar a sonda. Depois que ela reestabeleceu contato, levarão 16 meses para que a New Horizons envie todos os dados para a Terra.
A sonda New Horizons é a última de uma longa linha de realizações científicas na NASA, incluindo múltiplos rovers que exploram a superfície de Marte, a sonda Cassini que revolucionou nosso entendimento sobre Saturno e o Telescópio Espacial Hubble que recentemente celebrou seu aniversário de 25 anos. Todas essas pesquisas científicas e descoberta estão ajudando a informar o plano da agência de enviar astronautas para Marte em 2030.
“Após quase 15 anos planejando, construindo e voando a sonda New Horizons pelo Sistema solar, nós atingimos nosso objetivo”, disse o gerente de projeto Glen Fountain no APL. “O que nós coletamos de informação está prestes a ser revelado”.
O APL desenhou, construiu e opera a sonda New Horizons e gerencia a missão para o Science Mission Directorate da NASA. O SwRI lidera a missão, a equipe de ciência, e as operações de carga e o planejamento científico do encontro. A sonda New Horizons é parte do New Frontiers Program da agência gerenciado pelo Marshall Space Flight Center em Huntsville no Alabama.
Siga a missão New Horizons no Twitter e use a hashtag #Plutoflyby para se juntar à conversa. Atualizações em tempo real estarão disponíveis na página da missão no Facebook.
Para mais informações sobre a missão New Horizons, incluindo fact sheets, schedules, vídeos e imagens, visitem:
http://www.nasa.gov/newhorizons
e
http://solarsystem.nasa.gov/planets/plutotoolkit.cfm
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