A sonda da NASA movida a energia solar Juno decolou da Cape Canaveral Air Force Station na Flórida às 13:35, hora de Brasília da última sexta-feira, dia 5 de Agosto de 2011 para iniciar sua jornada de cinco anos em direção a Júpiter.
O estudo detalhado que a sonda Juno fará do maior planeta do Sistema Solar ajudará a revelar a origem e evolução de Júpiter. Como um arquétipo de planetas gigantes gasosos, Júpiter pode ajudar os cientistas a entender a origem do nosso Sistema Solar e aprender mais sobre os sistemas planetários encontrados ao redor das estrelas.
“Com o lançamento da sonda Juno, a NASA começou uma jornada para uma nova fronteira”, disse o administrador da agência Charles Bolden. “O futuro da exploração inclui ciência de ponta como essa para nos ajudar a melhor entender nosso Sistema Solar e sempre aumentar a gama de destinos desafiadores”.
Após o lançamento da sonda Juno a bordo do foguete Atlas V, os controladores de missão irão esperar pela telemetria da sonda indicando que ela está no caminho certo e que os seus enormes painéis solares, os maiores já construídos pela NASA foram abertos corretamente e estão gerando energia.
Logo depois do lançamento o gerente da missão Juno, Jan Chodas do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, disse que tudo estava de acordo com o planejado, mas que seria necessário esperar um pouco mais para que as antenas do Deep Space Network em Canberra pudessem receber o sinal de rádio da sonda.
A sonda Juno irá cobrir a distância entre a Terra e a Lua, aproximadamente 250000 quilômetros em menos de um dia. Ela levará outros cinco anos para cobrir a distância entre a Terra e Júpiter, 2800 milhões de quilômetros e assim completar sua jornada. A sonda irá orbitar os polos do planeta por 33 vezes e usará seu conjunto de 8 instrumentos científicos para pesquisar abaixo da cobertura de nuvens que obscurece o interior do planeta gigante, com isso será possível aprender mais sobre sua origem, estrutura, atmosfera e magnetosfera, e se existir a sonda poderá até observar um núcleo planetário sólido em Júpiter.
Com quatro grandes luas e muitas outras menores, Júpiter forma um sistema solar em miniatura dentro do próprio sistema solar. Sua composição lembra a de uma estrela e se fosse 80 vezes mais massivo ele poderia mesmo ter se tornado uma estrela.
“Júpiter é a Pedra da Roseta do nosso Sistema Solar”, disse Scott Bolton, principal pesquisador da Juno no Southwest Research Institute em San Antonio. “Ele é de longe o planeta mais antigo, contém mais material do que todos os outros planetas, asteroides e cometas combinados e carrega nas suas profundezas a história não somente do Sistema Solar, mas de todos nós. A sonda Juno está sendo a nossa emissária para interpretarmos o que Júpiter tem a dizer”.
O nome Juno vem da mitologia grega e romana. O Deus Júpiter desenhou um véu de nuvens ao redor de si mesmo para se esconder e sua esposa a Deusa Juno foi capaz de espiar através dessas nuvens e revelar a verdadeira natureza de Júpiter.
Fonte:
http://www.jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2011-245&cid=release_2011-245