Com financiamento da NASA, pesquisadores estão trabalhando para construir robôs que podem explorar os fossos lunares, estruturas parecidas com escombros, ou cavidades bem profundas que existem no nosso satélite e que podem estar cheias de recursos e que poderiam servir também como um excelente lar para os astronautas.
O financiamento surge como parte da missão Artemis da NASA, que pretende retornar o homem para a superfície da Lua em 2024. A iniciativa de pesquisa de 2 milhões de dólares foi assinada com o departamento de robótica na Universidade Carnegie Mellon, e ajudará a desenvolver robôs especializados para entrar nessas cavidades lunares. Os pesquisadores na universidade consideram essas cavidades como sendo prioritária para uso de recursos e para a construção de habitats, que eles enxergam como sendo parte do futuro desenvolvimento lunar.
Esses poços lembram buracos aqui na Terra. Enquanto as crateras na Lua são criadas pelo impacto de objetos como asteroides, esses poços são criados quando a superfície da Lua colapsa. Alguns cientistas suspeitam que esses poços podem revelar cavernas ainda maiores e que poderiam proteger o ser humano da radiação.
Mas os cientistas não têm como saber ao certo se não olharem de perto, e isso pode também ser muito perigoso para os humanos. Assim, com o objetivo para descobrir ao certo como esses poços podem ajudar os futuros habitantes da Lua, a NASA quer que robôs explorem essas depressões.
Os robôs sendo desenvolvidos poderiam coletar dados sobre os poços e ajudar a desenvolver modelos de feições que anteriormente só foram estudados com imagens orbitais.
“Da órbita, você não pode ter os pontos de vista ou a proximidade para ver detalhes que interessam”, disse William Whittaker, que faz parte do departamento de robótica da Universidade Carnegie Mellon e que está encabeçando o projeto. “É por isso que precisamos de robôs. Existe uma maneira de entrar? Existem saliências? O robô pode fazer rapel? Existe uma fissure, uma caverna ou uma entrada?
Criar robôs capazes de realizar essa missão será um fato. Esses robôs serão rápidos e ágeis, terão que atravessar muitos quilômetros passando por diversos tipos de terreno. Eles também terão que ser capazes de saber o seu caminho para casa, ou seja, para o lander que o levará para a Lua, pois essa será a melhor maneira de se comunicar com a Terra.
Os rovers também precisarão do que é chamado de autonomia de exploração, ou a habilidade de fazer seu próprio julgamento sobre onde exatamente ir e saber o quanto podem chegar perto da borda desses poços lunares.
O financiamento para esse projeto virá do programa NASA Innovative Advanced Concepts, ou NIAC. O NIAC suporta projetos de alto risco. O projeto da Carnegie Mellon irá também incorporar equipes no Ames research Center da NASA na Califórnia e o pessoal da Astrobotic. Essa empresa que desenvolve tecnologia robótica espacial e está construindo os primeiros landers comerciais que irão pousar na Lua.
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