A NASA e o Japão lançaram uma versão significantemente melhorada do mais completo mapa topográfico da Terra nessa segunda-feira, dia 17 de Outubro de 2011, produzido com medidas detalhadas feitas pelo satélite Terra da NASA.
O mapa, conhecido como um modelo digital de elevação global, foi criado a partir de imagens coletadas pelo instrumento Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer, ou ASTER que viaja a bordo do satélite Terra. Os chamados pares estereográficos de imagens são produzidos pela fusão de duas imagens levemente afastadas bidimensionais para que se crie o efeito tridimensional de profundidade. A primeira versão do mapa foi lançada pela NASA e pelo Ministério da Economia Comércio e Indústria do Japão, o METI em Junho de 2009.
“O modelo digital de elevação do ASTER já era o mais completo e consistente mapa topográfico global da Terra”, disse Woody Turner, cientista do programa ASTER na sede da NASA em Washington. “Com as melhorias, sua resolução é em muitos aspectos comparável aos dados da Shuttle Radar Technology Mission da NASA que cobre a maior parte do globo terrestre”.
A versão melhorada do mapa adiciona 260000 pares de imagens estereográficas adicionais para melhorar assim a cobertura. Essa nova versão apresenta uma melhora na resolução espacial, aumentando a precisão horizontal e vertical, fornecendo uma cobertura mais realística sobre corpos de água e a habilidade de se identificar lagos com menos de 1 km de diâmetro. O mapa está disponível on-line para qualquer um sem qualquer custo.
“Essa versão atualizada do modelo digital de elevação global do ASTER fornece usos civis com os dados de topografia de mais alta resolução disponíveis”, disse Mike Abrams, líder da equipe de ciência do ASTER no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena na Califórnia. “Esses dados podem ser usados para uma enorme série de aplicações, desde o planejamento de estradas e proteção de terras com significado ambiental e cultural até na pesquisa por recursos naturais”.
Os dados do ASTER cobrem 99% da massa de terra do planeta e se espalha de 83 graus de latitude norte até 83 graus de latitude sul. Cada ponto de medida de elevação no dado é separado por 30 metros do outro.
A NASA e o METI contribuíram de maneira conjunto para os dados topográficos do ASTER através de um grupo de observações da Terra, uma parceria internacional sediada no World Meteorological Organization em Genebra na Suíça. Os dados do ASTER e a colaboração entre as instituições faz parte do Global Earth Observation System of Systems. Esses sistema dos sistemas é um esforço colaborativo internacional para compartilhar e integrar observações do planeta Terra obtidas com diferentes instrumentos e sistemas para ajudar a monitorar e prever mudanças globais ambientais.
O ASTER é um dos cinco instrumentos que viajam a bordo do satélite Terra que foi lançado em 1999. O ASTER adquiri imagens nos comprimentos de onda do visível e do infravermelho térmico, com resolução espacial variando entre 15 e 90 metros. Uma equipe científica conjunta dos EUA e o do Japão validam e calibram o instrumento e os dados por ele obtido. A equipe de ciência do EUA está localizada no JPL.
A NASA, o METI, o ERSDAC e o USGS validam os dados, com apoio da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos EUA e outros colaboradores. Os dados são distribuídos pelo Land Processes Distributed Active Archive Center da NASA no Earth Resources Observation and Science Center do USGS em Sioux Falls, S.D. e pelo ERSDAC em Tóquio.
Os usuários da nova versão dos dados ASTER são avisados que enquanto são melhorados os dados ainda podem conter anomalias e artefatos que afetarão a utilidade dos mesmos para determinadas aplicações.
Os usuários podem baixar o modelo digital de elevação global do ASTER no site: https://lpdaac.usgs.gov/ ou nesse outro endereço: http://www.ersdac.or.jp/GDEM/E/4.html
Para mais informações sobre o ASTER visite: http://asterweb.jpl.nasa.gov/ . Para mais informações sobre a missão Terra da NASA visite: http://www.nasa.gov/terra .
O JPL é administrado para a NASA pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena.
Fonte:
http://www.jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2011-320&cid=release_2011-320