Esse vídeo mostra uma simulação do ambiente espacial no caminho para Plutão nos meses que precederam Julho de 2015, durante a jornada da sonda New Horizons. Nesse tempo, os cientistas no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, trabalhou com a equipe da New Horizons para testar como seus modelos, e outros modelos contribuídos por cientistas ao redor do mundo, conseguiram prever o ambiente espacial em Plutão. Entendendo o ambiente, através do qual uma sonda viaja pode ajudar a protege-la da radiação e de outros efeitos potencialmente perigosos. O Goddard recentemente atualizou a animação do modelo.
Apesar do vácuo do espaço ser apenas mil vezes mais vazio do que o vácuo de um laboratório, ele ainda não é completamente vazio. O Sol lança constantemente um fluxo de partículas chamado de vento solar, bem como, nuvens mais densas de partículas conhecidas como ejeções de massa coronal, ou CMEs, ambas contendo campos magnéticos embutidos. A densidade, a velocidade e a temperatura dessas partículas, bem como a direção e a intensidade dos campos magnéticos embutidos, geram o ambiente espacial.
Para mapear o ambiente espacial em Plutão, os cientistas combinam as previsões de alguns modelos, e observam nos eventos que passaram pela Terra.
“Nós programamos as simulações para começar em Janeiro de 2015, pois as partículas que passaram por Plutão em Julho de 2015, levaram seis meses para cumprir essa jornada desde o Sol”, disse Dusan Odstrcil, um cientista do clima espacial no Goddard que criou o Modelo Enlil. O Modelo Enlil, denominado assim em homenagem ao Deus Sumério do vento, é um dos modelos primários usados para simular o ambiente espacial perto da Terra e é a base para a simulação da New Horizons.
O novo modelo combinado, rastreia as CMEs por mais tempo do qualquer outro modelo fez anteriormente. Pelo fato das partículas terem que viajar por muitos meses antes de atingir Plutão, as CMEs, eventualmente se espalham e se fundem com outras CMEs, com o vento solar para formar nuvens maiores de partículas e com os campos magnéticos. Essas nuvens combinadas se esticam à medida que elas viajam para longe do Sol, formando finos anéis moldados pelo tempo que elas atingem Plutão, algo que é um pouco diferente da forma típica de balão das CMEs vistas aqui na Terra.
Fonte:
https://www.nasa.gov/feature/goddard/nasa-releases-new-visualization-of-space-environment-at-pluto