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Hoje vamos falar um pouco sobre geofísica, que tal?
Todo mundo sabe que a Terra é dividida em camadas, ela tem a crosta, o manto, o núcleo externo e o núcleo interno.
Existe uma divisão na Terra que é chamada de litosfera e abrange o que chamamos de manto superior e a crosta do nosso planeta.
Vocês sabem também que a Terra é como se fosse um quebra-cabeça gigante, formado pelas placas tectônicas.
É na litosfera que acontece a maior interação dinâmica entre as placas tectônicas e o manto e toda essa interação é importante, para sabermos como o nosso planeta se comporta de forma dinâmica.
Porém, não é nada fácil você entender isso.
É preciso integrar medidas de diferentes propriedades da Terra, sendo que as mais importantes, são as variações da gravidade e a propagação de ondas sísmicas no interior do planeta.
Para a parte da sismologia nós temos uma rede global de estações que nos ajudam a medir essas ondas e obter as informações de forma precisa.
Já para a gravidade, precisamos contar com satélites.
E foi isso que um grupo de pesquisadores fez, usou dados do satélite da ESA, chamado GOCE e mediu os gradientes vertical e horizontal do campo de gravidade da Terra.
E ao integrar esses dados com os registros sismológicos, os pesquisadores conseguiram montar a melhor imagem até o momento do gigantesco quebra-cabeça que é a Terra.
Esse tipo de integração de dados é de suma importância.
As informações irão se ajustar na maioria das vezes, mas os pesquisadores estão atrás dos locais onde as informações não apresentam similaridade.
Esses pontos indicam diferenças na estrutura profunda e na composição, e ocorrem principalmente nos crátons.
Só para lembrar os crátons são as formações mais antigas da litosfera e eles guardam os segredos sobre a formação do nosso planeta, ou seja, integrar os dados, estudar a litosfera e caracterizar os crátons é crucial para sabermos como o nosso planeta se formou.
Ao resolver o quebra-cabeça da Terra estamos na verdade resolvendo muitos mistérios sobre a formação do nosso planeta.
#MeetESO
Fonte:
https://phys.org/news/2018-11-views-earth-tectonics.html
Artigo:
