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Missão Rosetta: A Ambição de Transformar Ficção Científica em Ciência Real


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observatory_15010541Olá pessoal, faltam 5 dias para a estreia do filme mais esperado do ano, Interstelar. Para comemorar essa semana, um post por dia sobre algo de ficção científica que tem a ver ou não com o filme. Vou começar com esse post aqui sobre um belo curta metragem feito pela Agência Espacial Europeia. O filme se chama Ambition, e nesse post vocês podem assistir ao filme, ao making off, ao trailer e ter todas as informações que você desejar.

O filme apresenta o seguinte cenário, uma terra devastada onde um Mestre e sua jovem Aprendiz começam a brincar com os planetas, com as luas, asteroides e cometas. Eles levitam os mundos sobre suas cabeças, os giram numa órbita ao redor de um Sol simbólico.

Qual a é a chave para a vida na Terra?, pergunta o Mestre.

A Aprendiz balança sua cabeça. A resposta é óbvia: a água.

“Por muito tempo, a origem da água, e até da vida no nosso planeta se manteve um absoluto mistério. Então nós começamos a buscar as respostas além da Terra”, continua o Mestre.

“Em um momento, apontamos para os cometas. Um trilhão de bolas celestes de poeira, gelo e moléculas complexas, deixadas para trás no nascimento do nosso Sistema Solar. Uma vez pensados como mensageiros da destruição e da ruína, e mesmo assim tão encantadores.

“E nós pegamos um: um plano ambicioso e surpreendente”.

Ficção científica? Não – fato científico.

O curta metragem Ambição de Tomek Baginski, deixa claro, o que é a essência do ser humano, de tentar coisas difíceis, de alcançar objetivos que parecem impossíveis, de aprender e de se desenvolver.



No coração desse filme está a sonda Rosetta, uma missão real da ESA, que se aproximou, perseguiu e pousou num cometa. Uma missão que começou como um sonho, mas que depois de décadas de planejamento, construção e de voo pelo Sistema Solar, alcançou seu objetivo.

Seu objetivo? Desvendar os segredos escondidos dentro de tesouro congelado por 4.6 bilhões de anos. Estudar sua constituição e a sua história. Pesquisar as pistas das nossas próprias origens.

De 100 km de distância, depois de 50, 30 e desafiando todas as expectativas até 10 km de distância, a Rosetta continua a cativar e intrigar os humanos com cada imagem e cada dado que ela obtém.

Ela irá reescrever os livros sobre a ciência dos cometas.

Mas tem mais, um desafio ainda maior, outro passo ambicioso: pousar no cometa.



O palco já está arrumado. A data: 12 de Novembro de 2014.

“Como um escritor de ficção científica é complicado pensar em um tema mais interessante do que a origem e o destino da vida no universo”, disse Alastair Reynolds.

“Com a chegada da Rosetta ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko – uma realização impressionante e tecnicamente audaciosa, literalmente algo de ficção científica – nós estamos na eminência de escrever um grande capítulo novo do nosso entendimento sobre o nosso lugar no universo”.

“A Rosetta está a menos de 10 km de um cometa, e ambos estão vagando pelo espaço a cerca de 60000 km/h”, disse Matt Taylor, cientista de projeto da Rosetta.

“Daqui a uma semana e meia, nós tentaremos pousar no cometa, e com nossa sonda em órbita, continuaremos a seguir o cometa por mais um ano ou mais, observando como ele se desenvolve com o decorrer do tempo”.

“Tudo isso é novo e único e nunca foi feito antes. Pode soar como ficção científica, mas é uma realidade para as equipes que têm dedicado toda suas vidas para essa missão, guiadas para chegar ao limite da nossa tecnologia, pelo benefício da ciência e pela busca de respostas para as maiores questões sobre a origem do nosso Sistema Solar”.



Fonte:

http://www.esa.int/Our_Activities/Space_Science/Rosetta/Rosetta_the_ambition_to_turn_science_fiction_into_science_fact

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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