Os cientistas da missão New Horizons da NASA revelaram as primeiras imagens detalhadas do objeto mais distante já explorado por uma sonda, o Objeto do Cinturão de Kuiper, apelidado de Ultima Thule. Sua aparência é impressionante, diferente de tudo que já se viu, e o seu estudo pode iluminar o processo que acabou construindo os planetas a 4.5 bilhões de anos atrás.
“Esse sobrevoo foi uma realização histórica”, disse o principal pesquisador da New Horizons, Alan Stern, do Southwest Research Institute, em Boulder, no Colorado. “Nunca antes, uma sonda passou por um corpo tão pequeno a uma velocidade tão alta assim, literalmente nos confins do espaço. A New Horizons estipulou um novo marco para o estado da arte da navegação de uma sonda espacial”.
As novas imagens, feitas de uma distância de 27 miil quilômetros do objeto, durante a aproximação, revelaram que o Ultima Thule é um objeto binário de contato, consistindo, basicamente de duas esferas conectadas. De uma ponta a outra, o Ultima Thule, mede 31 km. A equipe está chamando a esfera maior de Ultima com 19 km de diâmetro e a esfera menor de “Thule” com 14 km de diâmetro.
A equipe disse que as duas esferas muito provavelmente se juntaram quando o Sistema Solar tinha 1% da idade que tem hoje, e a colisão foi lenta, como se fossem dois caros um encostando no outro.
“A New Horizons é como uma máquina do tempo, nos levando para o nascimento do nosso Sistema Solar. Nós estamos vendo uma representação física do início da formação planetária congelada no tempo”, disse Jeff Moore, líder da equipe de geologia e geofísica da New Horizons. “Estudar o Ultima Thule irá nos ajudar a entender como os planetas formaram, tanto no nosso Sistema Solar, como em outros sistemas planetários ao redor de outras estrelas”.
Os dados adquiridos pela New Horizons no dia de ano novo, continuarão chegando nas próximas semanas e meses, e imagens com maior resolução ainda serão mostradas.
“Nos próximos meses, a New Horizons irá transmitir dezenas de conjuntos de dados para a Terra, e nós iremos escrever novos capítulos na história do Ultima Thule, e do Sistema Solar”, disse Helene Winters, Gerente de Projeto da New Horizons.
O Laboratório de Física Aplicada da Universidade de Johns Hopkins em Laurel, Maryland, desenhou, construiu e opera a sonda New horizons, e gerencia a missão para o Science Mission Directorate da NASA. O Southwest Research Institute, baseado em San Antonio, lidera a equipe científica, as operações da sonda, e o planejamento da ciência durante o encontro com os objetos. A New Horizons é parte do Programa Forntiers Fields gerenciado pelo Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, no Alabama.
Siga a missão New Horizons no Twitter, e use #UltimaThule, #UltimaFlyby e use #askNewHorizons para participar das discussões. Atualizações em tempo real e links para as informações da missão estão disponíveis em: http://pluto.jhuapl.edu e www.nasa.gov.
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