A rocha Exhibit 0102.226 pode parecer uma rocha comum, mas essa massa escura é na verdade um pedaço de Marte, ejetado do planeta quando um asteroide ou um cometa se chocou com ele e enviou pedaços da sua crosta para a Terra.
Depois de ter sobrevivido à sua jornada pela atmosfera da Terra, essa rocha alienígena foi descoberta em Sayh al Uhaymir, uma região de Omã, em 2001.
A rocha alienígena está no centro de tecnologia ESTEC da ESA na Holanda, emprestada pelo Museu de História Natural de Berna, na Suíça, para ajudar na campanha de calibração da missão ExoMars 2020.
Nessa foto, o fragmento marciano foi registrado junto com o instrumento conhecido como Close-Up Imager, ou CLUPI. Um sistema de câmera desenvolvido para adquirir imagens coloridas de alta resolução e em close, o CLUPI será um dos instrumentos a bordo do rover da missão ExoMars que será lançada para Marte em 2020.
Fazendo imagens com escala de dezenas de micrômetros até centímetros, a câmera irá ajudar os cientistas a entenderem o ambiente no qual as rochas e os materiais marcianos se formaram.
Dos cerca de 60 mil meteoritos que já foram descoberto na Terra, 124 foram identificados como tendo origem marciana.
Assim como a Terra, Marte é vulnerável a rochas espaciais que vagam pelo Sistema Solar. Diferente da Terra, a fina atmosfera marciana não oferece resistência e os asteroides atingem a superfície marciana praticamente intactos. O Planeta Vermelho também não tem uma área vital, a de defesa planetária, como não tem habitantes, não tem ninguém lá para pensar nisso.
Asteroides com um potencial de colisão com a Terra estão sendo monitorados pelo Near-Earth Object Coordination Centre da ESA, que coordena as observações de pequenos corpos no nosso Sistema Solar, como asteroides, cometas, e até mesmo planetas menores, com o objetivo de avaliar e monitorar as ameaças que eles podem representar ao chegar perto da Terra.
O Planetary Defense Office da ESA conduz campanhas de observação regular procurando por rochas espaciais que possam representar um risco, prevendo suas órbitas, produzindo alertas de impacto quando necessário e trabalhando para mitigar os danos de uma colisão de asteroide.
O CLUPI foi construído por uma equipe liderada pela TASiCH em Zurique, Suíça. O principal pesquisador é Jean-Luc Josset, do Space Exploration Institute de Neuchatel, Suíça.
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