fbpx
23 de dezembro de 2024

Messier 106

Perto do Grande Urso (Uras Major) e envolta pelas estrelas dos Cães de Caça (Canes Venatici), essa maravilha celeste foi descoberta em 1781, pelo astrônomo francês Pierre Mechain. Posteriormente ela foi adicionada ao catálogo de seu amigo e colega de estudos astronômicos Charles Messier, como sendo o centésimo sexto objeto desse catálogo, daí o nome M106. Imagens feitas por telescópios modernos revelam que esse objeto é na verdade uma ilha do universo, ou seja, uma galáxia espiral com aproximadamente 30 mil anos-luz de diâmetro, localizada a aproximadamente 21 milhões de anos-luz de distância da Terra. Juntamente com um brilhante núcleo central, essa imagem colorida também destaca jovens aglomerados de estrelas azuis e berçários estelares que marcam os braços espirais da galáxia. A imagem acima também mostra em destaque jatos avermelhados de gás hidrogênio. Além disso, a pequena galáxia companheira NGC 4248 (abaixo a direita) e outras galáxias no plano de fundo podem ser observadas dispersas na imagem. A M106, também faz parte de outro catálogo onde recebe o nome de NGC 4258, é considerada um exemplo próximo de galáxias ativas da classe Seyfert, que podem ser observadas ao longo do espectro desde os comprimentos de onda de rádio até os comprimentos de onda de raios-X. Acredita-se que galáxias ativas sejam energizadas pela matéria que é devorada por um massivo buraco negro central.

Fonte:

http://apod.nasa.gov/apod/ap110319.html

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo